Editora: Thomas Nelson Brasil
N° de Páginas: 187
Quote:
[...] nossos antepassados consideraram a Amizade algo que nos eleva quase acima da humanidade. Esse amor, que é livre do instinto e do dever, exceto daquele que o amor livremente assumiu, e quase livre por inteiro do ciúme, sem necessidade de ser necessário, é eminentemente espiritual. É o tipo de amor que alguém ´pode imaginar acontecendo entre anjos. Será que encontramos aqui um amor natural, que é o Amor em si?
Sinopse:
Como expressar de maneira profunda um sentimento que comumente é tratado de forma tão rasa? Para o célebre escritor C. S. Lewis, o amor pode ser comunicado de quatro maneiras: Afeição, a forma mais básica de amar: Amizade, considerada a mais rara: Eros, o amor apaixonado: e Caridade, o maior e menos egoísta deles.
Em Os Quatro Amores, um dos seus livros mais influentes, Lewis contempla a essência do amor e avalia como cada tipo se ajusta aos demais. Com a maestria que o tornou um dos autores mais importantes do século XX, ele desafia e incorpora definições clássicas do amor de uma forma que continua atual e relevante. Como lembra o autor, foi por amor que Deus fez existir criaturas inteiramente supérfluas, somente a fim de poder amá-las e aperfeiçoá-las.
Opinião:
Um livro extremamente difícil de avaliar.
Aqui o autor fala um pouquinho sobre os quatro tipos de amor que existem: Afeição, Amizade, Eros e Caridade e como eles se relacionam entre eles e com o Amor em si, a forma que o autor usa para se referir a Deus nesse livro.
Me tocou muito a parte onde o autor fala sobre a Amizade, é uma coisa muito importante para mim e que rende histórias, se não interessantes, peculiares. Não diria tristes, mas sem qualquer festa. Para mim o livro valeria apenas por essa parte, não desconsiderando o restante, mas... sei lá, é algo que mexe bastante comigo, ainda mais nesse momento da minha vida.
A parte da Afeição mostra como é a parte mais fácil, é o amor que sentimos pelos conhecidos, pelos nossos animais de estimação e pelas coisas em geral. É o afeto, puro e simples.
A parte que me pegou foi a Eros, é algo desconhecido para mim e meu puritanismo me deixou meio corado ao ler certas passagens.
A narrativa do autor é complexa, mas não ao ponto de ser incompreensível, enquanto lemos criamos uma admiração pelo autor, pela eloquência dele e pela forma com a qual ele mostra conhecimento. É um livro muito mais técnico do que "espiritual", na falta de palavra melhor, tem muito mais ciência do que fé, por assim dizer.
Um livro que me emocionou e tocou, me constrangeu e me marcou, um livro que vou levar comigo para o resto da minha vida, que pretendo ler novamente, se não em breve, no próximo ano.
Uma coisa que acho importante ressaltar é o extremo cuidado que a editora teve com o livro, a capa é bonita (a mais sem graça da coleção, mas bonita, ainda assim), com capa dura e auto relevo, o corte colorido (adoro isso) e ainda o cuidado na revisão do texto, não encontrei erros de português na minha leitura, ou não os percebi, pelo menos. Parabéns Thomas Nelson.