segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

[Opinião] Prince Of Thorns - Mark Lawrence #226

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Editora: Darkside Books

N° de Páginas: 355

Quote:
Alguns homens são muito estúpidos e jamais chegam a imaginar o que está por vir. Outros torturam a si mesmos com hipóteses e povoam seus sonhos com horrores mais terríveis do que o pior de seus inimigos lhes poderia infringir."

Sinopse:
  As estradas do Império destruído. Um cenário abandonado há milênios pelos enigmáticos Construtores. É nessa nova era medieval que o Príncipe Honório Jorg Ancrath se vê obrigado a amadurecer para saciar seu desejo de vingança e poder.
  Jorg testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, ainda criança. Jogado à própria sorte em um arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. Quatro anos depois, o Príncipe dos Espinhos lidera uma irmandade de assassinos. E sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.

Opinião:
  Esse livro sempre passou batido para mim.
  Até que o vi em uma vitrine e resolvi dar uma chance, ver do que se tratava. Preciso começar falando que não é um livro agradável, mas é... interessante, na falta de uma palavra melhor.
  Aos dez anos nosso protagonista vê o castelo de seu pai ser invadido pelo Conde de Renar e para salvá-lo o seu professor (se não me engano foi ele mesmo) o atira para fora do lugar que está sendo invadido e ele cai, justamente, em cima de um arbusto de roseira-brava, quase perde todo o sangue e enquanto fica lá preso ele assiste ao assassinato do irmão e o estupro e assassinato de sua mãe. Quando ele enfim se recupera dos ferimentos ele descobre que o rei, seu pai, não pretende nenhuma represália ou vingança em relação ao conde, eles fazem uma negociação amigável e fica por isso, mas Jorg não aceita a situação e resolve partir em busca de vingança.
  O livro possui duas linhas narrativas, o que seria o presente, quatro anos depois da invasão do Conde de Renar, e o "quatro anos atrás" que acredito ser óbvio do que se trata... Essa divisão é interessante para entendermos de onde vieram alguns personagens e como uma criança de dez anos conseguiu subir hierarquicamente até assumir a liderança de uma irmandade de assassinos.
  Aí vemos o primeiro grande problema do livro, a crueldade e até maturidade, se assim podemos chamar, de Jorg, não coincidem com alguém de sua idade, aos 14 anos ele já não tem nenhum escrúpulo e age como um adulto, de uma forma que nem mesmo o trauma pelo qual passou consegue justificar, e ao mesmo tempo ele está a quatro anos querendo se vingar de um governante do qual ele chega às portas do castelo... vira as costas e vai embora. Mas tudo isso é explicado perto do final do livro, onde é revelado quem são os verdadeiros vilões e quem realmente dita as regras nessa guerra de tronos.
  A escrita do autor é agradável e apesar das passagens onde a vontade era largar o livro e nunca mais tocar nele o ritmo da narrativa é rápido, quase frenético, com alguns enchimentos de linguiça, admitamos, mas no geral é uma leitura interessante. A história, apesar de todo o asco que causa e o personagem ser irritante por boa parte do livro é intrigante, e você quer ver como isso vai terminar, formulei diversas teorias sobre o desenrolar da história e errei todas, o que fez com que eu gostasse mais do livro.
  O mundo criado pelo autor é convincente, apesar de todo o ar de era medieval algo não se encaixa, construções (em ruínas, mas construções ainda assim) e objetos do nosso cotidiano são tratados como antiguidades incompreensíveis pelos personagens, o que nos faz perceber que na realidade se trata mais de uma espécie de futuro que deu errado do que do passado, inclusive a questão da religião, um dos meus personagens favoritos (o que não quer dizer que eu tenha realmente gostado dele) é o padre que Jorg resgata no início do livro, eles tem a Bíblia e reconhecem Jesus (apesar da vários personagens, inclusive o protagonista, ser bastante blasfemo).
  Em suma é um livro sobre conhecer seu objetivo e sobre perceber quando se está sendo manipulado, o que muitas vezes é difícil de perceber. Sobre lutar pelos seus objetivos e ter cuidado em quem confia. O livro também mostra que você pode ser um completo babaca que se for determinado vai conseguir tudo que deseja, mas não gosto muito dessa filosofia.



2 comentários:

  1. Oi, Rudi! Tudo bem? Também não gosto dessa filosofia hahahaha Eu adoro a capa desse livro, mas não curto a premissa dele. Também sempre me passou (e continuará a passar) batido. Mas fico feliz que você tenha curtido! :)

    Abraço

    http://tonylucasblog.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Nunca diga dessa água não beberei kkkk
      Eu gostei bastante do mundo criado pelo autor, provavelmente vou ler a outra trilogia que o autor escreveu e que se passa no mesmo universo

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