quarta-feira, 30 de agosto de 2017

[Opinião] Passaporte Para a China - Lygia Fagundes Telles #213

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Editora: Companhia Das Letras

N° de Páginas: 76

Quote:
Na noite fria as mãos que ficaram acenando na despedida tentam afetar um entusiasmo que não existe: para trás fica a segurança da casa. A família. O tavresseiro conhecido. O amigo. Pela frente, o imprevisto, o desconhecido e o mistério."

Sinopse:
  Em 1960, quando a China estava ainda no começo da estrada que a levaria a se tornar uma superpotência, Lygia Fagundes Telles foi convidada a visitar essa civilização milenar, na companhia de uma delegação de escritores. O regime socialista de Mao Tsé-tung comemorava naquele ano seu décimo primeiro aniversário. O roteiro foi intenso e cobriu vários países. Durante a viagem, a autora de Ciranda de Pedra escreveu sob encomenda crônicas para o jornal Última Hora, que agora, meio século depois, ela reúne pela primeira vez em livro. São 29 textos de grande valor literário, intelectual e humano, nos quais o leitor tem o prazer de encontrar não só as impressões de Lygia Fagundes Telles sobre o renascimento do gigante que hoje faz "tremer o mundo". Há também evocações literárias, recordações de infância, reflexões sobre os paradoxos do mundo moderno e comentários surpreendentes sobre o passado e o presente de sua terra natal, da qual essa escritora - profundamente enraizada - jamais se esquece.

Opinião:
  Vamos começar falando como cheguei a esse livro:
  Estava eu, saturado de tanto ouvir leitores declarando seu amor pela autora pela internet afora que resolvi ler alguma coisa dela, ao chegar na Amazon, fiquei espantado, sabia da existência de As Meninas e Ciranda de Pedra, mas a obra dessa mulher e gigantesca (dá só uma olhada), e optei por esse por ser o que estava mais barato no dia, quando ele chegou percebi duas pequenas gafes da minha parte, a primeira e mais decepcionante foi o tamanho do livro (poxa, nem 100 páginas :/ ), e o segundo é que se trata de crônicas de viagem, não que eu não goste de crônicas, mas queria um romance, para conhecer a autora como contadora de histórias.
  Mas acabou dando tudo certo, as crônicas se parecem bastante com entradas de um diário, e ela acaba sim, contando uma história, não uma história que saiu da abeça dela, mas uma história que aconteceu com ela, quando foi convidada para fazer parte de uma delegação de escritores.
  Como faz vários meses que li o livro, e mais meses ainda que não posto nada por aqui, estou meio enferrujado, mas vamos tentar complementar isso um pouco mais.
  A autora parece meio, como dizer? Esnobe, a primeira vista, mas depois de ler um pouco mais percebi que ela, na verdade, é apenas extremamente inteligente, ela discorre um pouco sobre a cultura e política dos lugares por onde passa, revelando seus sentimentos em relação ao povo e a paisagem dos países que visita, de uma forma que parece que estamos viajando com ela.
  A autora não me fisgou ao ponto de eu jurar amor eterno por ela, como vejo tantos fazendo, mas com certeza vale a leitura, e me deixou mais intrigado ainda para ler um romance, propriamente dito (a essa altura, final de agosto, li esse livro em dezembro, já li um romance dela, e logo mais falaerei dele por aqui)
  Enfim, é um livro que nos leva em uma viagem pelo mundo, com destino a China, mas que nos apresenta várias outras partes do mundo, e numa época passada (uns 50 anos atrás) e junto de uma porção de escritores, quer viagem melhor?


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