quarta-feira, 12 de abril de 2017

[Opinião] Loney - Andrew Michael Hurley #211

Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 301

Quote:
[...]é quase sempre difícil explicar como nos sentimos quando alguém muito próximo de nós morre. Mesmo para aqueles que amamos. As pessoas podem até fingir, tentam parecer corajosas."

Sinopse:
  Dois irmãos. Um deles mudo, o outro, seu eterno protetor.
  Ano após ano, a família visita o mesmo local sagrado, uma faixa de terra desolada na costa da Inglaterra como Loney, na tentativa desesperada de alcançar a cura.
  Nas longas horas de espera, os garotos ficam sozinhos. Eles não resistem à passagem que se revela a cada descida da traiçoeira maré, não resistem à velha casa que conseguem avistar ao longe...
  Décadas depois, Hanny é um homem adulto que não mais precisa dos cuidados do irmão.
  Mas então o corpo de uma criança é encontrado. É o Loney, que sempre e irremediavelmente vai trazer de volta seus antigos segredos.




Opinião:
  Se você viu uma quantia considerável, tipo umas três, opiniões, resenhas e afins sobre esse livro, ou mesmo se viu a classificação dele no Skoob, sabe que ele não é muito amado pelo público, mas eu faço parte dos que gostaram do livro. Não pela história, muito menos pelos personagens, mas pelo clima e pelo motivo impresso na quarta capa do The Observer: "Um romance sobre o que não foi dito, o que é implícito, o que é tão somente murmurado e ininteligível, repleto de lacunas sombrias e espaços indistintos que sua imaginação se sente impelida a preencher."
  A história é simples, um grupo de religiosos que dá muito mais valor a ritos e costumes do que deveria ser a essência disso tudo. Transformaram Deus em um office-boy prestes a ser demitido e santificaram o padre, que no decorrer da história descobrimos que era um ser humano desprezível.
  Sem querer julgar, mas já julgando, não é de admirar que não conseguiam o favor divino, eles esfregavam seus bons feitos, feitos sem nenhum amor, na cara uns dos outros, além de levantarem o indicador em riste para o céu, exigindo que Deus faça a vontade deles.
  O livro possui outras subtramas interligadas a essa, mas vou deixar para vocês descobrirem através da leitura, o final me decepcionou um pouco, pois distorce alguns princípios, não digo que não seja possível, devido ao decorrer da trama, mas com certeza o final de Hanny não seria tão feliz.
  O livro é bem escrito e, apesar de ser lento, eu li consideravelmente rápido, gostei da narrativa do autor, que soube conduzir a história muito bem para um iniciante, esse é seu livro de estréia e mostra que ele tem potencial.
  Sobre a edição só tenho elogios. Já faz uns meses que li e não me recordo de erros ortográficos, a diagramação é confortável (a letra quase pequena), e todo o trabalho gráfico, a capa aparentemente simples, mas com vários detalhes é linda, e isso é só a sobrecapa a capa dura também é muito bonita. Como podem ver na foto.


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