domingo, 26 de fevereiro de 2017

[Opinião] Um Grito de Amor No Centro do Mundo - Kyoichi Katayama #206

Editora: Alfaguara

N° de Páginas: 155

Quote:
Gostaria que esse sonho se tornasse realidade, e a realidade, um sonho. Sei que é impossível. E é por isso que sempre acordo chorando. Não de tristeza. Choro porque, ao deixar o sonho agradável e retornar para a realidade triste, existe uma fenda pela qual não há como passar sem derramar lágrimas. Já tentei inúmeras vezes; nunca consegui."

Sinopse:
  Sakutarô é ainda um garoto quando conhece Aki na escola em que estuda, numa cidadezinha japonesa. Ela é bela, inteligente e popular, e logo se tornam amigos inseparáveis. Mas, conforme Sakutarô amadurece, ele começa a ver em Aki mais do que apenas uma amiga. Em pouco tempo, sua relação se transforma numa paixão arrebatadora.
  Os adolescentes trocam juras de amos; prometem nunca mais se separar. Mas uma tragédia fará com que o destino de ambos seja irremediavelmente alterado.

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Opinião:
  Imagine A Culpa é Das Estrelas se passando no Japão, sem alívios cômicos, e no lugar de um livro a obsessão dos personagens fosse filosofar sobre a vida e todos os seus aspectos e profanar túmulos.
  Primeiramente vamos falar sobre o que me levou a ler esse livro: Vou ser sincero e dizer que foram apenas duas coisas, a editora que o publicou e a nacionalidade do autor. Como o único romancista realmente japonês que já tinha lido tinha sido o Murakami, e amado seus livros com todas as forças, resolvi que queria ler outro livro de autor japonês, e por que não esse? sendo ele tão famoso...
  Esse é um daqueles livros curtinhos que você pode demorar uma vida para lê-los, meditando profundamente sobre cada pensamento filosófico à la sentido da vida exposto pelos personagens, e aproveitar para mergulhar em uma depressão profunda vendo como a vida é injusta e quase nunca nos permite realizar nossos sonhos. Ou fazer como eu e ignorar os dramas supostamente menores e lê-lo em um único dia, ainda assim você vai perceber muita filosofia e ser massacrado por frases tristes que mostram a realidade da alma humana.
  Se me permitem usar as palavras, é um livro tocante (extremamente tocante, a ponto de ser depressivo) que vai lidar sobre o amor, sobre quando um sentimento nasce e ao crescer se transforma, sobre o verdadeiro amor que, como diz a Bíblia, tudo sofre, espera, suporta e jamais acaba.
  É também um ótimo romance pra quem está querendo conhecer mais o gênero mas não quer nada muito água com açúcar. E também o caminho inverso, para aqueles acostumados a calmantes de fazer suspirar e piscar os olhos para algo mais sério e de bastante profundidade.
  Só não o leia se estiver meio depressivo, pode te deixar em uma situação lamentável.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

[Breve Comentário] 3 Livros que não gostei

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Objetos cortantes
Homens, Mulheres e Filhos
Ex-Heróis

  Talvez alguém esteja se perguntando o porquê de fazer uma única postagem para estes três livros, afinal, o que eles podem ter em comum? São de editoras diferente, gêneros totalmente desiguais e ambientados em tempos e lugares diferentes.
  Aparentemente a única semelhança seria que são... bem... livros.
  Mas não é apenas isso, os três também são livros que me decepcionaram em um grau não imaginado. Vamos a uma pequena sinopse de cada um deles.
  Objetos Cortantes conta a história de uma jornalista sem muito prestígio que é mandada para sua cidade natal para cobrir a história de um misterioso assassinato, o plot é muito bem montado, mas os personagens são rasos e não me cativaram nem um pouco, tive raiva de todos eles e descobri facilmente quem eram os "malvadões" da história.
  Homens, Mulheres e Filhos, ou, como costumo chamar: Pervertidos, loucas e doentes me parecia um drama familiar sobre comunicação e relacionamento entre pais e filhos. Mas... o livro começa dizendo que determinado personagem só conseguia pensar em certo orifício de uma outra personagem. E a partir daí a história se desenrola mostrando uma sociedade viciada em sexo, sem o mínimo pudor u senso de auto-preservação, mostrando o pior de cada ser humano, e o único personagem minimamente suportável, por que a gente se afeiçoa termina o livro mostrando que não tem o mínimo discernimento do que realmente é importante na vida.
  Ex-Heróis prometia um mundo pós-apocalíptico com zumbis e super-heróis, e ele realmente entrega isso, mas ele é cansativo, bizarro e com personagens mal descritos que parecem sempre o mesmo, o fato de mudarem de nome no decorrer da linha cronológica não linear não ajuda nem um pouco a você saber quem é quem. Além de seguir a clássica formula de histórias com intrigas e traições à la novela mexicana.Ainda assim foi o que mais gostei desses três.

  Mas o que exatamente classifica um livro como ruim? Objetos Cortantes seria os personagens rasos de motivações ilógicas e de ações previsíveis, mesmo que totalmente sem qualquer verossimilhança, Pervertidos, Loucas e Doentes por tratar todo ser humano, incluindo crianças, como cadelas no cio. e Ex-Heróis a trama previsível e confusa.

  Fato é que gosto não se discute, não gostei desses livros? Não, não vão mais ocupar espaço na minha estante, um troquei, um vendi e o outro dei pra minha sobrinha de 1 ano destruir, pois é tão terrível que não acho justo dar a alguém o desprazer de lê-lo (estou falando do livro dos pervertidos). Mas conheço gente que ama Objetos Cortantes, e entendo porque eles gostam, do mesmo jeito que entendo quem não gosta dos livros do King.

  Vamos ser felizes, todos mantendo seus umbigos cobertos, narizes limpos e baços saudáveis, pois assim como gostos, cada um tem os seus.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

[Opinião] O Vento Pela Fechadura - Stephen King #205

Editora: Suma de Letras

N° de Páginas: 283

Quote:
O tempo é um buraco de fechadura, pensou ele ao olhar as estrelas. Sim, acho que sim. Nós, às vezes, dobramos o corpo e espiamos através do buraco. E o vento que sentimos nas bochechas quando fazemos isso - o vento que sopra pela fechadura - é a respiração de todo o universo vivo."

Sinopse:
  Em O Vento Pela Fechadura, Stephen King retorna ao Mundo Médio, cenário da saga A Torre Negra. O novo livro encaixa mais uma peça no vasto quebra-cabeças que cerca a Torre, oferecendo lendas e histórias fantásticas de Gilead ao mesmo tempo em que investiga o passado doloroso do pistoleiro Roland Deschain.
  No meio do caminho entre o Palácio Verde e Calla, ele e seu ka-tet - Jake, Susannah, Eddie e Oi, o trapalhão - são obrigados a acampar numa cidade fantasma. Caso contrário, seriam congelados com a chegada súbita e mortal de uma borrasca, tempestade única ao Mundo Médio. Para afastar o tédio da espera. Roland distrai o grupo com uma história do seu passado.
  Porém, no centro dessa lembrança, o jovem Roland do passado também narra uma fábula de sua infância, registrada em seu livro favorito: O Vento Pela Fechadura. A lenda do menino Tim e suas aventuras em busca do mago Merlyn acabam revelando muitas verdades sobre Gilead, o Mundo Médio, o pistoleiro... E sobre todos nós.
  Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no poema épico do século XIX "Childe Roland À Torre Ngra Chegou" e repleta de referências à cultura pop, às lendas arturianas a ao faroeste, A Torre Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativaque forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea.

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Opinião:
  Como eu queria revisitar o Mundo Médio, e esse livro me proporcionou isso, e foi além.
   Dei uma pausa na leitura da série porque ela engloba muita coisa que não conheço, e pretendo conhecê-las, quero ler mais coisas do autor para pegar as referências, e também quero conhecer o universo de Tolkien, e saber mais sobre as lendas arturianas do que a existência de uma espada em uma pedra e de uma mesa redonda.
  Enfim, depois de saírem do Palácio Verde no final de Mago e Vidro, Oi começa a se comportar de forma estranha, e logo descobrem que ele está prevendo a chegada de uma borrasca, uma terrível tempestade capaz de congelar até o fogo. Enquanto se abrigam Roland conta uma história de sua juventude, eventos passados pouco tempo depois dos flash-backs mostrados também no quarto livro da série quando Roland precisa se abrigar de outra borrasca. E para entreter aquele grupo, também conta uma história. E essa é a história principal do livro.
  A partir de então conhecemos Tim, um menino que embarcará em uma viagem incrível sendo testado de todas as formas possíveis para salvar sua mãe e, de certa forma, vingar o pai.
  O livro é mais sombrio que os quatro primeiros da série, e possui uma expansão considerável do Mundo Médio, temos algumas revelações inéditas a respeito da Torre, uma nova encarnação do Homem de Preto, e conhecemos a fauna e flora desse er... "maravilhoso" mundo criado pelo escritor.
  Além de entretenimento de qualidade, vejo esse livro como uma forma de imersão mais profunda no universo da série, algo que nos abraça pelo ombro estende uma mão em um gesto abrangente mostrando tudo que está a frente, cria empatia por aquela realidade e nos deixa familiarizados o bastante para nos sentirmos em casa.
  Em suma, um livro extremamente interessante, envolvente e bem escrito, que tem sim spoilers sobre os quatro primeiros livros da série, mas que pode ser lido sem problemas por quem não tem interesse na série (que é muito legal^^).






quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

[PLMC] Memórias de Um Marcador de Pontos de Bilhar - Liev Tolstói




  O conto de hoje está no primeiro volume dos Contos Completos, naquela edição bacana da Cosac que está à beira da extinção, pelo que andei vendo.







  O conto nos é narrado por um, como diz o título, marcador de pontos de bilhar. No local de trabalho dele ele acaba conhecendo muitas histórias. E conhece também um homem peculiar, vive jogando a dinheiro, e nunca vence.

E aí começamos a jogar o dobro ou nada. Ganhei dele oitenta rublos. E o que foi que aconteceu? Passou a jogar comigo todos os dias. Esperava até não ter mais ninguém, porque, é claro, tinha vergonha de os outros verem que ele jogava com o marcador de pontos. Uma vez, por algum motivo, ficou muito irritado, já me devia sessenta rublos.


  E então acompanhamos o declínio desse personagem, vemos ele se tornar um viciado em jogo, que está a ponto de perder tudo. O desespero e a depressão que vão se apossando aos poucos do personagem.



  Antes achava que a proximidade da morte elevaria minha alma. Enganei-me. Daqui a quinze minutos, não existirei mais, porém meu modo de ver não mudou em nada. Vejo, ouço e penso da mesma forma; as mesmas estranhas inconsequências, embriaguez e leviandade nos pensamentos, tão contrárias à integridade e à lucidez que só Deus sabe por que foram dadas ao homem sonhar. Os pensamentos sobre o que virá no além-túmulo e sobre o que irão falar amanhã de minha morte na casa da tia Rtícheva se apresentam ambos com a mesma força em minha mente. Que criação incompreensível é o homem!

  É uma história muito bem contada sobre como levamos a vida de forma leviana e não damos o devido valor ao que possuímos, seja em bens ou pessoas... não que possuamos pessoas, mas vocês entenderam.
  Como muitas vezes teimamos em não mudar de atitude, mesmo que nossas ações estejam, visivelmente, nos levando para a lama. E como tudo poderia ter sido diferente com apenas uma leve mudança de pensamento, um pequena ação.



domingo, 12 de fevereiro de 2017

[Opinião] O Mundo Perdido - Michael Crichton #204

Editora: Aleph

N° de Páginas: 475

Quote:
Se você tabelar a sorte do apostador ao longo do tempo, o que vai descobrir é que o apostador ganha por um período ou perde por um período. Em outras palavras, tudo no mundo funciona em marés. É um fenômeno real, e você o vê em todo lugar: no clima, nas enchentes dos rios, no beisebol, no ritmo cardíaco, nos mercados de ações. Assim que as coisas dão errado, elas tendem a continuar dando errado. Como o velho ditado de que as desgraças nunca vêm sozinhas. A teoria da complexidade nos diz que a sabedoria popular está correta. As coisas ruins se agrupam. Elas vão para a merda juntas. Esse é o mundo real."

Sinopse:
  Há rumores de que algo sobreviveu...
  Seis anos se passaram desde os terríveis acontecimentos no Jurassic Park. Seis anos, desde que o sonho extraordinário, nos limites entre a ciência e a imaginação humana, acabou se tornando um trágico pesadelo.
  A Isla Nublar não era o único lugar usado por John Hammond em suas pesquisas genéticas de ponta. Agora, o matemático Ian Malcolm e uma equipe de cientistas - além de certos "pequenos clandestinos" - devem explorar outra ilha na Costa Rica, repleta dos mais perigosos dinossauros que já caminharam pela Terra.

Opinião:
  Alguma dúvida de que esse livro entrou para o rol dos favoritos da vida?
  Como a sinopse diz a história se passa seis anos após os eventos narrados no primeiro livro, na costa da Costa Rica (oi?) estão aparecendo carcaças de grandes animais, algo que preocupa o governo por colocar em risco a saúde da população. Mas existem pessoas mais preocupadas em esconder esses espécimes, e logo que aparece uma carcaça, como sempre, dilacerada e irreconhecível, uma equipe logo chega ao lugar e destrói completamente qualquer vestígio do cadáver.
  Mas isso tem despertado a curiosidade de algumas pessoas, e uma delas um cientista chamado Richard, que chega a ver a carcaça e até estudá-la um pouco, antes de ela ser transformada em uma fogueira gigante. Richard é um conhecido (não o chamaria de amigo) de nosso velho conhecido Ian Malcolm, e devido a certos desdobramentos do destino ambos vão parar na bela, paradisíaca e de peculiar fauna, Isla Sorna, conhecida pelos funcionários da InGen com Sítio B, o lugar onde os Dinossauros eram criados até se tornarem "atrações" para então serem transportados para o Jurassic Park. Entretanto, algo aconteceu nessa ilha também, ela foi abandonada, e tudo indica que foi às pressas. Os animais saíram da contenção, arrumaram uma forma de sobreviver e dominaram a ilha.
  Assim como o primeiro, o livro é muito mais do que um thriller com ficção científica. Ele é uma evisceração da vida, de tudo que conhecemos, imaginamos e suspeitamos. Sobre o que está nas nossas mãos e o que está totalmente fora do nosso controle.
  Da mesma forma que o primeiro livro tratava sobre a força da vida para criar e se sustentar, esse nos mostra a força que ela também tem de destruir, que em algum momento tudo se extinguirá, e de uma forma que não temos como entender completamente.
  Em suma, é um livro incrível, não sei se ele escreveu por vontade própria ou se foi pressionado a contar mais histórias sobre dinossauros, o fato é que ele conseguiu resolver o problema do "final muito bem amarrado" do primeiro livro, ele não invalidou nada do que já tinha escrito para escrever esse. Infelizmente ele não escreveu mais nada sobre dinossauros, mas ele tem vários outros livros que não vejo a hora de ter em mãos para poder lê-los.





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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

[Opinião] 'Salem - Stephen King #203

Editora: Ponto de Leitura (Suma de Letras)

N° de Páginas: 571

Quote:
Para as crianças, chegou a hora de dormir. Hora de serem colocadas nas camas e berços por pais que sorriem quando elas pedem para ficar acordadas só mais um pouquinho ou para deixarem a luz acesa. E os pais abrem armários pacientemente, mostrando que não há nada dentro deles. Mas, em torno dos moradores, a bestialidade da noite irrompe em asas tenebrosas. A hora do vampiro chegou."



Sinopse:
  Ninguém será capaz de esquecera maldição de 'Salem's Lot
  Ben Mears havia jurado nunca mais pôr os pés em Jerusalem's Lot. A cidadezinha da Nova Inglaterra onde ele passou quatro anos de sua infência foi palco de horrores que lhe tiram o sono.
  No verão em que Ben, finalmente preparado para exorcizar seus próprios, decide voltar a 'Salem's Lot - como a cidade é conhecida por seus habitantes -, descobre que o mal que ele pensava estar sepultado ainda vive, e precisa ser destruído.
  Junto com Ben, chega à cidade um enigmático forasteiro, trazendo consigo um segredo antigo e maligno que mudará para sempre a vida de todos em seu caminho. Segundo romance do mestre do horror Stephen King, é um livro cujo suspense quase hipnótico evolui para um clímax de terror clássico.

Opinião:
  Talvez esse seja o melhor livro, dentre os que são voltados para o terror, que eu já li do autor.

  Começamos a história acompanhando um homem e um menino, que só teremos certeza de quem são da metade pro final do livro. Esses dois viajam pelas redondezas da dita cidade de Jerusalem's Lot, sem nunca chegar muito perto, mas sempre buscando informações sobre aquele lugar. Lugar esse que agora é tido como uma cidade fantasma, afinal todos os moradores desapareceram misteriosamente e sem deixar rastros, claro que algumas dessas pessoas foram encontradas, espalhadas pelo país, mas nenhuma delas aceita falar sobre o que realmente aconteceu para a cidade ser abandonada, sequer querem lembrar de que já pisaram naquele solo.

Depois voltamos um pouco no tempo e somos apresentados a dita cidade, uma cidade pequena, com todas as características de uma cidadezinha, todos se conhecem e todos fofocam sobre a vida uns dos outros. Conhecemos então Susan, que está sentada no banco de uma praça lendo um livro e ao levantar os olhos da de cara com, olha só, o autor do livro que está lendo. Mas o que um autor relativamente famoso estaria fazendo naquele fim de mundo esquecido por Deus?
  Ben Mears, o dito autor, passou um tempo de sua infância em 'Salem's Lot, vivendo com uma tia, e teve uma experiência traumatizante, que perturba seus sonhos até os dias atuais, em uma mansão que fica em uma colina próxima a cidade. Agora decidiu voltar ´para lá e se possível ficar hospedado na dita mansão. Masoquista? Não. Ele quer fazer isso para se livrar dos traumas e se surgir alguma inspiração para um novo livro melhor ainda. Mas ao chegar na cidade ele descobre que a casa foi comprada por dois estrangeiros que pretendem abrir uma loja de antiguidades na cidade. Ben acaba ficando em uma hospedaria e, com o restante dos habitantes da cidade acaba fazendo parte dos terríveis acontecimentos que se sucederão.
  O livro é incrível, já falei isso? Mas acho que foi um erro ele ter sido publicado anteriormente como A Hora do Vampiro (apesar de ter vários trechos usando essa frase, todos no estilo do que eu destaquei no início da postagem), digo um erro porque tira um pouco do suspense da história, por metade do livro coisas estranhas vão acontecendo mas não sabemos exatamente o que está acontecendo (na verdade sabemos, mas justamente por causa do antigo título).
   É um livro de suspense que cumpre muito bem o seu papel, o desespero dos personagens vai aumentando e o leitor vai ficando angustiado e curioso até chegar ao clímax.
  É também uma homenagem ao vampiro clássico, sem toda aquela besteira que nos é apresentada em Crepúsculo ou em A Caçada. Mas não é só entretenimento. O livro vai tratar sobre cuidados com crianças, a disposição do ser humano em ajudar seus semelhantes, o perigo da ignorância e sobre acreditar no que segue. Em um confronto entre o vampiro e o padre da cidade o vampiro fala que não se detém diante da autoridade do padre pois nem o padre acredita no que está dizendo, que para ter autoridade para usar o poder divino deve-se ter fé, e a fé do padre já não existe.
  Em suma, é um livro repleto de personagens, que nos envolve e nos hipnotiza para que continuemos a leitura. 






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

[PLMC] Jerusalem's Lot - Stephen King





           Este conto abre a coletânea Sombras Da Noite, livro que me fez ver que gosto muuuito mais dos romances do autor do que dos contos.





  O conto é escrito em formato de cartas, e eu o li na esperança de que tivesse alguma ligação com o livro 'Salem.
 


  A única similaridade entre o romance e o conto é a cidade que dá nome a ambos. Que, obviamente, é também o cenário de ambos.
  Mas falaremos do livro em um futuro próximo, certo? Certo!
 

    O conto é formado por cartas, um personagem está investigando uma igreja profanada nas proximidades da cidade, e manda cartas relatando suas descobertas a um amigo. Confesso que já não me recordo muito do decorrer da história, mas algumas coisas medonhas começam a acontecer, coisas que tornou o conto a coisa mais assombrosa que já li do autor (e eu já li O Cemitério).
  O final do conto me lembrou bastante o final de A Casa Maldita do Lovecraft.
  Enfim, não é um conto que me marcou muito, escrito com a óbvia intenção de chocar o leitor e ele faz isso. Mas não é um choque que perdura muito.


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