sexta-feira, 26 de setembro de 2014

[Opinião] O Doador de Memórias - Lois Lowry #90


Editora: Arqueiro

N° de Páginas: 185

Citação:

Caminhara através de bosques e sentara-se diante de uma fogueira de acampamento à noite. Embora, através das lembranças, tivesse aprendido sobre a dor da perda e sobre a solidão. Agora também compreendia o isolamento e seus prazeres."

Sinopse:
  Em O Doador de Memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína.
  Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente - o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente.
  Um único indivíduo é o encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.
  Aos 12 anos. idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo.
  Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.

Opinião:
 Uma distopia só pode ser considerada boa quando consegue transmitir a crítica que fundamentou a história, e esse livro faz isso muito bem.
  O Doador (que aumentaram o nome por causa do filme) é o primeiro livro de uma tetralogia distópica, mesmo nos mostrando, no começo, exatamente o contrário, uma utopia chamativa, uma comunidade que preza a educação, honestidade e igualdade... mas o livro também nos mostra que até a mais nobre... forma de agir, pode se tornar perturbadora quando excessiva.
  Como toda distopia, aqui temos uma sociedade com suas regras próprias, a igualdade é valorizada (lê-se imposta) de tal modo que datas de aniversário já não existem, todos têm a mesma cor de pele e as mesmas respostas padrão para diversas expressões e perguntas. Os cônjuges são escolhidos pelo Conselho, que também são responsáveis de distribuir os filhos (apenas um menino e uma menina por Unidade Familiar), ao entrar na adolescência (que para eles já é a fase adulta, pois depois dos 12 anos a idade já não é mais contada) todos tomam pílulas para reprimir o que chamam de "Atiçamentos" que nada mais é do que os impulsos sexuais (e na boa... fala que essas pílulas não seriam úteis para certos grupos de pessoas na nossa sociedade. Com tanta criança de 9 anos grávida, estupradores e funkeiros soltos no mundo).
  Mas toda essa ordem tem um preço, as pessoas não têm consciência que as coisas já forma diferentes, acreditam que só existe o presente, o futuro é apenas o presente se repetindo e o passado jamais existiu, eles não têm mais consciência do que é luz do sol, frio, fome, neve... até as colinas e montanhas foram destruídas para facilitar a vida de todos. Conforme o protagonista vai recebendo as lembranças de uma outra época ele começa a ver a verdade (que não vou falar o principal fato que faz essa sociedade perfeita ser tão terrível... só digo uma coisa, pela falta de lembranças e de conhecimento eles já não possuem mais sentimentos).
  A escrita da autora é envolvente, não é nada nível Carlos Ruiz Zafón, longe disso, mas é agradável de ser lida que nem mesmo a explicação e apresentação dessa nova sociedade (que dura quase metade do livro) se torna enfadonha, a edição também é super caprichada, com uma letra de tamanho bem confortável e um espaçamento de dar inveja nos romances do Augusto Cury (pra quem nunca leu Augusto Cury: a letra chega a ser absurda de tão grande e são bastante espaçadas... pelo menos no O Colecionador de Lágrimas).
  Como todo mundo sabe o livro virou filme esse ano (acho que esse mês até) ainda não vi o filme, mas pela entrevista da Taylor Swift no final do livro (a qual fiquei com preguiça de ler e só passei os olhos por cima) já percebi que tem diversas diferenças, minhas principais curiosidades, que pretendo saciar com o filme, é ver como eles vão fazer para mostrar o povo sem entender/perceber as cores e também o local onde vivem, sem sol, sem animais nem nada do tipo...

Aproposito... A capa original do livro é zilhões de vezes mais bonita... e também muito difícil de encontrar.
   Só pra terminar: Acredito que a crítica que a autora quis fazer é muito parecida com a que a Veronica Roth fez em Divergente (lembrando que Divergente foi escrito em 2011 e esse em 1993) de que somos diferentes e devemos valorizar isso, e também quis mostrar que não pode haver um mundo perfeito, pra tudo é necessário um equilíbrio, para um mundo ser perfeito, as pessoas precisam ser felizes, essa felicidade só pode ser real se provier de algo bom, para essa coisa ser boa é necessário que haja uma ruim de contrapeso (deu pra entender?)
  Tirei uma estrela do livro porque me pareceu bastante irreal, a autora não conseguiu me convencer que a humanidade poderia passar por um processo de Mesmice (como ela mesma chama) tão grande, e também porque ela se contradisse um pouco, eles valorizam tanto a igualdade mas foram se aconselhar com o Doador sobre permitir que algumas famílias tivessem mais filhos do que outras. Mas mesmo com esses pequenos furos acredito que valha muito a pena ler (claro que a gente fica angustiado pela continuação mas enfim...) e é super rápido, nem deu tempo de colocar no Skoob que eu estava lendo que já tinha terminado :p


  Você já leu ou pretende ler O Doador (de Memórias)? Se leu concorda comigo? Comenta aí, vamos conversar...

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

[Opinião] Infâmia - Ana Maria Machado #89




Editora:
 Fontanar


N° de Páginas:277

Citação:


Porque se você olhar qualquer morro dessa cidade vai ver que cada favela dessas está cheia de gente que não deve coisa nenhuma mas que teme muito. Gente que todo dia vai e volta de casa para o trabalho sem dever nada, mas no caminho sobe e desce escadinhas ou anda por becos e ruas que estão no meio de guerra de quadrilhas, de tiroteio entre polícia e bandido, de bala perdida, de tribunal sumário, de chacina, e de todas essas coisas que a gente sabe que acontecem. Não dá para não temer, mesmo sem dever. E não é só no morro, é no asfalto também, e na embaixada, e nas comunidades  sem asfalto da periferia. Em todo o canto. O sujeito cai morto de repente e a família fica chorando, revoltada e no desamparo. Mas ninguém precisava temer, porque não devia nada."
Sinopse:
  Infâmia é um livro marcante na obra de Ana Maria Machado. Ao narrar duas histórias em paralelo, ela constrói um romance que questiona - de forma corajosa e inteligente - os artifícios que com tanta frequência encobrem a verdade no mundo atual.
  Por um lado, um embaixador precisa descobrir o que se esconde por trás da misteriosa morte da filha, anos atrás. Por outro, um pacato funcionário público se vê às voltas com uma acusação infundada de corrupção. Em ambos os casos, eles e seus familiares precisam enfrentar um inimigo velado, poderoso, que se coloca em seus caminhos.
  Ana Maria Machado nos mostra que essa é uma luta que faz parte da própria história do homem. Uma luta inglória, difícil de ser vencida, mas que precisa ser travada.

Opinião:
   Infâmia: sf. 1. Má fama. 2. Perda de boa fama. 3. Ignomínia. 4. Qualidade de, ou ato infame. Desses quatro significados (que praticamente falam a mesma coisa com palavras diferente) o que mais expressa os acontecimentos do livro é o segundo.
  Já queria deixar uma coisa clara: Ana Maria Machado sambou, sapateou, pisoteou e fez moonwalker na cara da sociedade com esse livro, o tema principal abordado na história é a distorção (ou omissão) da verdade:
"Cada vez mais, percebia que nunca o engano estivera tão a solta, jamais fora tão fácil o logro coletivo em tão larga escala. O contrário do famoso axioma: agora poucos enganavam a muitos durante o tempo todo."
  De um lado temos um embaixador aposentado, com toda a família no ramo diplomático, o neto está fazendo um documentário sobre os inúmeros casos de infâmia (e não é só por isso que o livro tem esse nome) de pessoas importantes no decorrer da história do Brasil, enquanto tentam descobrir quais nuances se escondem e distorcem o real motivo da morte da filha/mãe.
  Do outro lado temos o pai do fisioterapeuta do embaixador, que trabalha em uma repartição pública como encarregado do almoxarifado, ao perceber algumas irregularidades em seu local de trabalho começa a investigar e descobre que está havendo desvio de material, ao denunciar eles conseguem virar a acusação pra cima dele, e é aí que está a verdadeira infâmia do livro:
"O que era aquilo? Alguém queria intimidá-lo e lhe dar uma lição? Pois estavam dando. Estava tendo um curso intensivo. Mas ele devia ser um péssimo aluno. Nem ao menos conseguia entender o que devia aprender. Talvez, que não se deve meter o nariz onde não se é chamado. E que ele não tinha nada que ter procurado zelar pelo patrimônio público. Ou talvez a lição fosse mais radical e ele precisasse ficar sabendo de uma vez por todas que tudo é dominado pelos bandidos e, por isso, não se denuncia bandido. Nem ao menos se insinua que pode haver algo suspeito no que estão fazendo, mesmo quando se pode provar."
  Lançando mão de diversos casos reais acontecidos no Brasil ao longo dos anos, a autora nos explica como a mídia e a política controla as massas em busca de benefício próprio. Com diversas referências a livros os personagens incrivelmente convincentes discutem as desvantagens de ser alienado e controlado pelos mais poderosos, a história e os personagens são tão bem feitos que até os diálogos se encaixam, a família do embaixador faz uso de um vasto vocabulário e exala inteligência e até um pouco de arrogância, enquanto a família do funcionário público abrevia as palavras, fala como uma "pessoa normal" sem todo o conhecimento diplomático do embaixador e companhia.
  A narrativa é interessante e nos prende, mesmo grande parte dela sendo apenas enchimento de linguiça, acontecimentos realmente relevantes para a história são poucos, o livro pode desagradar aqueles que gostam de ação mas é tudo descrito de forma tão inteligente que mesmo a falta de acontecimentos não me desagradou, fiquei simplesmente apaixonado pela escrita da autora, não é a mias fácil do mundo mas é incrível.
  O final pode ter deixado um pouco a desejar, a história vai indo e *puf* acaba, ela dá umas sugestões/esperanças do que vai acontecer, mas no momento de elas acontecerem ela simplesmente acaba o livro, esse foi o motivo de eu ter tirado uma estrela

Um Comentário com spoiler
Me desagradou profundamente a primeira frase da página 120, eu esperava que Cecília realmente tivesse morrido de forma misteriosa aí chego lá e encontro:
"[...] mas também filha deles, subitamente morta por um colapso cardíaco muito antes do que seria de se esperar"
Aí tá né: 1° Um colapso cardíaco não é uma forma misteriosa de morte (fiquei aliviado quando percebi que a parte misteriosa não tinha sido a causa da morte)
2° todo colapso cardíaco é de súbito, não tem nenhum que chega de mansinho, desnecessário esse pleonasmo.
e 3° sempre que um pai tem que enterrar um filho o filho morreu antes do que era de se esperar... outro pleonasmo desnecessário 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Confins Literários e Leitor Antissocial se Unindo

  Pode parecer que estejam se perguntando: "Como assim? Se ele é antissocial por que raios vai se juntar a alguém?"
  Já disse (em algum lugar) que sou uma pessoa altamente sociável... mas prefiro não me socializar... conversando com o Gabryel resolvemos formar uma parceria, exatamente o que vai resultar disso vocês terão que esperar para ver... (porque nem a gente decidiu direito ainda...) mas pretendemos fazer alguma coisa bem bacana que agrade a maioria de vocês (não somo prepotentes o bastante para achar que todo mundo vai gostar).
  Os dois blogs continuarão coexistindo tranquilamente, se ele quiser ele continuará participando dos sorteios e continuará tendo a mesma chance de ganhar quanto qualquer um (não que ele tenha tido mutia sorte desde que apareceu por aqui mas enfim...) o que com certeza vamos fazer é um escrever no blog do outro, eu com postagens que fujam da ideia original (porque todo mundo sabe que não consigo me ater a uma mesma linha de pensamento por muito tempo) e ele com postagens mais divertidas (e coesas) por aqui... como já disse ainda não sabemos exatamente o que vamos fazer mas em breve vocês vão descobrir ;)

  Para entender melhor veja a postagem do Gabryel sobre isso (clica neu \o/)
Grande abraço a todos e até breve... aqui e lá.

domingo, 21 de setembro de 2014

[TAG] Stephen King

  Bom minha gente, hoje 21 de setembro (no caso já é tarde da noite e essa postagem provavelmente só ficará pronta quando já for 22, mas enfim...) o mestre Stephen King faz 67 anos e pra comemorar/homenageá-lo eu resolvi criar uma TAG \o/
  São 67 perguntas, para combinar com a idade dele eu estou fazendo totalmente no improviso e não sei direito quantas perguntas/tópicos serão, então vamos lá.

01. Quantos livros dele você já leu e quais foram?

  Até o presente momento eu li sete, todos tem opinião minha aqui no blog, se quiser ler é só clicar nos nomes ;) os que eu li foram O IluminadoA Zona MortaO Pistoleiro (TDT #1)A Escolha dos Três (TDT #2)As Terras Devastadas (TDT#3)Insônia e Mago e Vidro (TDT#4).

2. Qual é seu livro favorito do autor? E qual o que menos gosta?

 Com toda a certeza meu favorito é O Iluminado por motivos de: Foi o mais aterrorizante que eu li, e o que menos gostei foi Insônia apesar de levantar assuntos polêmicos e trazer várias referências a outras obras (coisas que muito me agradam), além de me explicar muita coisa sobre a série da Torre Negra (que dei uma pausa por motivos explicados na postagem sobre o quarto livro da série) enfim, foi um livro que gostei muito, mas de todos os que li dele foi o "menos bom".

3.Você possui livros ainda não lidos do autor? O que está esperando para lê-los?

  Vou dar uma pequena roubadinha aqui... Carrie, a Estranha eu tenho porque comprei, mas ainda não chegou, e Sob a Redoma me foi prometido de aniversário (ainda estou sem acreditar :3). Mas além desses dois tenho os três últimos da série da Torre Negra e À Espera de Um Milagre, os da TDT ainda não li porque o autor deixou claro no posfácio do quarto livro que Lobos de Calla vai ter muita referência a outros livros dele, e quero lê-los antes pra pegar as referências, e À Espera de Um Milagre está na fila.... :p

4. Qual livro dele você não tem mas está louco para ler (apenas um)?

  Como minha obsessão por Sob a Redoma está meio que saciada (falta realmente ganhar e ler) o próximo alvo (prioritário) é It: A Coisa, cara, essa capa é incrível.

5. Qual filme baseado em um livro dele você mais detestou e por quê?

  Apesar de ser considerado uma obra prima o filme de 1980 de O Iluminado foi uma decepção sem tamanho pra mim (e pelo que sei pro SK também), pelo motivo que a maioria dos filmes baseados em livros são uma decepção para os leitores, super infiel e com cortes malucos, além de deixar muito a desejar no quesito terror (Quem assistiu o filme comigo, sem ler o livro, também esperava muito, muito MUITO mais).

6. Qual filme baseado em um livro dele você mais gosta?

  Apesar de ainda não ter lido o livro para comparar (e de gostar muito dos dois filmes de Carrie, a Estranha. Não assisti ao primeiro mas minha chefe diz que é o melhor de todos) tenho que ficar com À Espera de Um Milagre (ou No Corredor da Morte, pra quem não aceita que tenham mudado o título) e fala sério gente, quem não se emociona com a história de John Coffey definitivamente não tem coração.

7. Qual filme baseado em um livro dele você não quer assistir porque tem medo que destruam a história?

 Sem dúvida é o filme baseado no livro A Zona Morta, a decepção já começa no título do filme "Na Hora da Zona Morta", que coisa mais tosca ¬¬' e nunca gostei do ator que faz o John sem-nome-do-meio Smith.

8. Qual frase do autor é sua favorita (livro ou entrevista)?


 Eu tinha a frase anotada em algum lugar, mas acho que perdi na mudança :/ Mas ela é mais ou menos assim:
"O desafio continua sendo alcançar você, leitor, e se possível, meter-lhe tanto medo que não consiga dormir a noite sem deixar a luz do corredor acesa."
Sim, eu trapaceei colocando uma foto com outra frase, me processe u.u

9. Fale, sem colar, o nome de todos os livros dele que lembrar e que você (ainda) não leu/tem.


  Celular, Christine, Buick 8, Saco de Ossos, Cemitério, Pesadelos e Paisagens Noturnas, A Casa Negra, A Hora do Vampiro, A Dança da Morte, Dança Macabra (acho que não é o mesmo), A Coisa, Misery, A Maldição, Os Olhos do Dragão, Quatro Estações, Tripulação de Esqueletos, Tudo é Eventual, Duma Key, Salém, Auto-Estrada...

10. Entrevista/Vídeo/Notícia favorita sobre o autor?

  Claro que o blogger não podia me deixar fazer um post com vídeos encontrando os vídeos ¬¬' (Wordpress, me aceita? brincadeirinha^^), enfim, apesar de gostar muito do vídeo no qual o autor fala sobre Sob a Redoma adoro essa entrevista.

  E é isso meu povo (olha só, terminei antes do dia 22) para responder essa TAG (e proliferá-la dizendo que eu criei :p) eu indico o Gabryel do Confins Literários porque sei que ele adora SK (e daí que ele não respondeu nenhuma TAG para a qual eu o indiquei?)e a Michelly Santos do Mais Uma Página, acho que ela já leu algo do autor... e se não me engano toda segunda ela responde uma TAG então... ta aí ^^

[Opinião] A Espada de Kuromori - Jason Rohan #88

Editora: Aí complica, na capa do livro diz Escarlate, inclusive vi em algum lugar que era o primeiro livro da editora, dentro fala EIRELI o que sugere que Escarlate é um selo da editora EIRELI, como se não bastasse o pacote veio com remetente "Brinque Book: Editora de Livros" ¯\_(ツ)_/¯

N° de Páginas: 291

Citação:

 É o que quero dizer. Você precisa encontrar aquela parte de você mesmo, a parte que acredita nessas coisas. O problema é que quando fica mais velho, você começa a impor limites a si mesmo. Todo mundo lhe diz o que você pode e o que não pode fazer. Histórias, sonhos, ideias, todas essas coisas, você começa a desligá-las"

Sinopse:
  Ninjas motoqueiros. Monstros de terno. Vampiros sem cabeça... Nada disso está nos planos de Kenny Blackwood quando ele chega ao Japão para visitar o pai.
  Mas, mesmo antes de o avião aterrissar, as coisas começam a ficar estranhas. O Garoto não demora muito a perceber que Tóquio está tomada por monstros míticos que só ele consegue ver - e todos querem acabar com Kenny!
  Em vez de curtir as férias, Kenny se vê em meio a uma guerra oculta que pode explodir a qualquer momento e acabar com milhões de vidas - a menos que ele encontre uma mítica espada perdida e enfrente um destino que não escolheu.
  E terá de fazer tudo isso em apenas nove dias...

Opinião:
  E aí meu povo.... como 6 tão? :p
  Antes de falar sobre o livro quero falar como consegui esse livro... no dia 08/09 eu estava de mudança para minha nova casa (vou fazer um post bem ilustrado sobre isso mais pra frente) e no momento em que estávamos carregando o caminhão o carro do correio (Fiorino ou qualquer coisa que o valha, sou péssimo pra reconhecer carros) e eu virei pro carteiro e disse: "Se for pra um de nós chegou bem na hora" e ele disse: "Rudimar Baroncello?" Estranhei, não estava esperando nada, tinha um livro pra receber de uma troca no skoob mas já tinha passado meu novo endereço (que o carteiro não achou, diga-se de passagem) e no lugar do remetente tinha apenas um carimbo escrito BRINQUE BOOK- Editora de Livros e o endereço... revirei meus 3 endereços de e-mail e não tinha nem sinal de onde/porque eu recebi esse livro, mas tinha meu nome, então era pra mim ^^.
 O livro começa com Kenny, nosso protagonista, dentro de um avião indo passar as férias com seu pai, que é professor de inglês no Japão, ao se aproximar do destino uma aeromoça lhe entrega um envelope, lá dentro tem um bilhete, uma carta e um apito de bambu.
  Já não faço mais parte do público alvo do livro, mas isso não me impediu de me divertir pra caramba com a leitura. Muitos de vocês sabem que gosto bastante de mangás, e a sensação que tive ao ler esse livro foi a de estar lendo um roteiro de mangá, como todas as cenas de lutas, poderes "naturais" e criaturas incríveis presentes em quase todas as obras criadas no Japão. É a mitologia deles, e eles tem, aparentemente, muito orgulho dela.
  Pra quem não acompanha mangás e quer começar acho que esse livro é um bom ponto de partida, uma iniciação, pra quem já acompanha ele pode apresentar vários clichês, mas isso não torna a história enfadonha, claro que tem toda aquela coisa de "Garoto da família problemática, órfão de mãe, é escolhido por forças além da sua compreensão para realizar uma missão aparentemente impossível e descobre que tem poderes". Ele me lembrou, em diversos momentos, o mangá Nura: A Ascensão do Clã das Sombras, principalmente pelo fato da presença dos Yokai e só determinadas pessoas poderem vê-los.
  Achei muito bacana o fato de várias criaturas que aparecem na história estarem retratados na capa do livro, e são facilmente identificáveis a partir de suas descrições (exceto o Kappa, do qual eu gostei bem mais da aparência que eu imaginei, mais ou menos assim) A propósito, o kappa yokai é bem diferente do macaco kappa descrito no livro A Maldição do Tigre.
  O principal tema abordado no livro assim como em 90% das histórias japonesas é a determinação, a conquista de objetivos pelo esforço, por mais que não possamos decidir cada detalhe da nossa vida (detalhes imprevistos sempre acontecem) podemos nos esforçar para mantê-la no rumo que queremos...
  O livro faz parte de uma série (Qual a única coisa que histórias sobre o Japão tem mais do que monstros mitológicos e magia que não é magia? Exatamente! Enrolação) o próximo se chamará O Escudo de Kuromori, e se a capa não for azul ficarei super contrariado (culpa da Renata Ventura :p). Apesar de falar tanto que é uma história japonesa acho que devo avisar que o autor é americano [Correção, ele é inglês, valeu Jason], ele trabalhava na redação da Marvel Comix e foi professor de inglês no Japão (igual ao pai do protagonista) e criou a história baseado na sua experiência de vida e na mitologia do Japão.
  Resumão: o livro vale a pena? Com certeza! Principalmente para quem gosta da cultura japonesa ou quer conhecer um pouco mais da mesma. Por que não é cinco estrelas? Acho que o autor se limitou demais em alguns momentos, criando algo que teria grande impacto e desfazendo logo em seguida, e também porque as coisas são consideravelmente fáceis para o protagonista, claro, também tirei uma estrela pelo romance totalmente desnecessário (não que eu não tenha me encantado pela Kyiomi mas enfim...)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

[Marca Texto] Infâmia - Ana Maria Machado

  Estava eu no serviço quando uma colega me abordou com a seguinte pergunta: "Você já leu Infâmia? Da Ana Machado alguma coisa?" disse que nunca tinha ouvido falar e ela disse que precisava fazer um trabalho sobre o livro mas tinha medo de a leitura ser muito difícil e pediu pra mim ler e falar se era fácil ou não, já disse que não é a leitura mais fácil do mundo, mas estou adorando o livro, e resolvi compartilhar com vocês um trecho que simplesmente adorei do livro.

"Em muitas histórias bíblicas eu me intrometi, desde o dia em que ganhei do meu padrinho aquele livro. E em muitas outras, de outros livros pela vida afora, à medida que fui crescendo e ampliando minhas oportunidades, conhecendo mais enredos. Invisível, silencioso, sem que nenhum deles desconfiasse da minha presença, eu acompanhava os personagens - uns bem mais do que outros, é verdade. José foi um dos meus primeiros favoritos. Encolhido num canto da cela, ouvi seus companheiros lhe contarem os sonhos que haviam agitado aquela noite. Admirado, escutei as palavras com que decifrou os relatos. Atento, fui aprendendo que todo relato tem interpretações. Mais de uma. Nenhuma é a única correta. Mas muitas são apenas falsas, mentirosas. Produto de fracas mentes. Desonestas. Servem ao mal. Podem até ser frutos de intelectos capazes, que escolhem se aproveitar apenas de alguns fragmentos dessas capacidades e bloquear certos cuidados minuciosos que o bem exige - facilmente contornáveis pelos que optam por ignorar tais escrúpulos. Decidem considerar qualquer rigor zeloso como simples pedregulhos no caminho, mero cascalho moral, reles areia descartável. Há quem prefira agir assim: velar a luz da consciência, ignorar minúcias dispersivas e elaborar raciocínios em mais sombrios territórios mentais, de modo a chegar logo a algum julgamento conclusivo."
   O que falar sobre esse trecho? Eu sempre me senti presente nas histórias que leio como um "wallflower" observando a vida passar. Mas intruso? Nunca me considerei assim, mas agora vejo que não há forma melhor de definir do que essa. Que direito temos de "bisbilhotar" a vida dos personagens? depois ele desenvolve o pensamento e começa a falar de interpretação, e mostra quão importante é ter cuidado, saber interpretar, e principalmente não ter preguiça, analisar com cuidado tudo que se esconde nas entrelinhas e não considerar apenas o que já está mastigado, não devemos ter preguiça de pensar...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

[Enquadrando] Vingadores: A Queda

HQ ♦ Salvat ♦ Marvel ♦ Os Vingadores

  Sabe quando tudo resolve dar errado de uma vez só? Algo extremamente ruim acontece, e enquanto você tenta resolver aquela situação algo ainda pior acontece, e o efeito dominó vai aumentando até que você desiste de pensar "não pode piorar" porque cada vez que você pensa piora mais ainda. É isso que vemos em Vingadores: A Queda.
  O dia começa com aparente tranquilidade, os Vingadores estão tomando café da manhã e tendo uma das conversas mais desnecessárias e sem propósito imagináveis, quando o alerta de segurança rompida anuncia uma invasão no quintal da mansão. Ao saírem para verificar percebem que se trata do colega Valete de Copas, mas tem um problema... Valete de Copas morreu na última missão da equipe... e ele está com cara de zumbi, Scott Lang (o atual Homem-Formiga) se aproxima dele tentando entender o motivo de ele estar lá. Depois de sussurrar um pedido de desculpas o Valete de Copas explode, destruindo metade da mansão e reduzindo Scott Lang a um amontoado de ossos, paralelamente a isso, Tony Stark (ministro de defesa do estado, e como todos sabem, Homem de Ferro) tem uma espécie de colapso nervoso (como se estivesse embriagado) em uma reunião da ONU ao ver o delegado da Latvéria na primeira fila entre os líderes mundiais, esse "ataque de nervos" de Stark compromete não apenas sua posição como Ministro de Defesa como a posição de todos os Vingadores como protetores do povo.
  A história é exatamente o que o título sugere, o fim dos Vingadores como equipe e os motivos que levaram a isso. Com o ataque de vários inimigos dos vingadores, mostrando também que nem tudo é o que parece ser, que pessoas indiferentes podem se tornar grandes aliados e que as mazelas de uma equipe frequentemente são provenientes dos próprios membros.
  Eu já sabia quem era o culpado de tudo e até a forma que Scott Lang morreria devido as revistas do Vingadores atuais e também dos dois volumes do especial A Cruzada das Crianças. Mas isso não me impediu de duvidar de certos vilões, ou mesmo heróis no decorrer da leitura.
  É interessante, e até um pouco emocionante, ver os membros (que sobraram vivos no final) falando seus momentos prediletos da equipe, suas batalhas mais marcantes, e a dor de deixar tudo para trás. É uma das HQs que mais mostrou os Super-Heróis como humanos, as tristezas e o descontrole causados por grandes traumas e as diferentes formas de lidar com isso.

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  Diversos heróis que já fizeram parte dos Vingadores foram até a mansão para oferecer ajuda, da forma que pudessem, consolar pelas mortes (que até esse momento eram apenas duas) ou pegar o responsável por elas.

  Pela última vez (ou não) temos uma história onde tanto Henry (Hank) Pym quanto Scott Lang aparecem (Henry Pym como Jaqueta Amarela e Scott Lang como Homem-Formiga)

  Henry Pym, além de ter sido o Homem-Formiga Original ( Além de Gigante e Jaqueta Amarela) foi o criador de Ultron, o robô genocida que odeia a humanidade e é o vilão do próximo filme dos Vingadores, algo pelo que ele se martiriza e até cita que, por mais que ele não queira, todo o bem que ele fez será esquecido e só se lembrarão dele como "O criador do robô assassino que quer destruir a humanidade"
  Em meio a tensão de ter colegas mortos e estarem sendo atacados por todos os lados por todos os inimigos possíveis a equipe começa a se desentender e fincar os dedos nas feridas uns dos outros, jogando na cara de Tony Stark seu problema com a bebida e falando para Hery Pym "Por que não vai procurar uma mulher pra bater?" fazendo referência a seu histórico de violência doméstica enquanto ainda era casado com Janete Van Dyne (Vespa)

Sinopse da Edição

  Presencie o dia mais sombrio dos Vingadores! Uma infindável série de eventos trágicos põem a equipe de joelhos. Mas qual dos muitos inimigos dos Vingadores poderia ter orquestrado um plano tão insidioso? Kang? Ultron? Conde Nefária? Ou será que o grande culpado veio das próprias fileiras dos Vingadores? Em meio ao caos, uma coisaé certa: a equipe composta pelos maiores super-heróis do mundo nunca mais será a mesma.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Aviso

  Se você está vendo isso gostaria de pedir desculpas.
  Esse post está sendo escrito na noite de domingo e programado para o meio-dia de terça, o dia que eu devia colocar a lista dos seguidores do blog com seus respectivos números para o sorteio do livro Traição Em Família.
  O Fato é que vou me mudar (no caso quando e se vocês estiverem vendo isso eu já terei mudado) e não consegui arrumar a internet para fazer a lista... assim sendo venho por meio desse, mais uma vez me desculpar, mas assim que tudo se normalizar eu excluo esse post e coloco a lista, e se não conseguir organizar até quarta (10) também coloco o resultado do sorteio do Garota Exemplar.

Obrigado a todos pela compreensão, pelo menos eu espero que estejam sendo compreensivos, e até quando a internet permitir...

PS: Se der tempo hoje (07) ainda, coloco minha opinião sobre O Oceano no Fim do Caminho e deixo programado para segunda (amanhã)

domingo, 7 de setembro de 2014

[Opinião] O Oceano no fim do Caminho - Neil Gaiman #87


Editora: Intrínseca

N° de Páginas: 202

Citação:

As memórias de infância às vezes são encobertas e obscurecidas pelo que vem depois, como brinquedos antigos esquecidos no fundo do armário abarrotado de um adulto, mas nunca se perdem por completo."

Sinopse:
  Sussex, Inglaterra. Um homem de meia-idade volta à casa onde passou a infância para um funeral. Embora a construção não seja mais a mesma, ele é atraído para a fazenda no fim da estrada, onde, aos sete anos, conheceu uma garota extraordinária, Lettie Hempstock, que morava com a mãe e a avó. Ele não pensava em  Lettie há décadas, mas mesmo assim, ao se sentar à beira do lago (o mesmo a que ela se referia como um oceano) nos fundos da velha casa de fazenda, o passado esquecido volta de repente. E é um passado estranho demais, assustador demais, perigoso demais para ter acontecido de verdade, especialmente com um menino.
  Quarenta anos antes, um homem cometeu suicídio dentro de um carro roubado no fim da estrada que dava na fazenda. Sua morte foi o estopim, com consequências inimagináveis. A escuridão foi despertada, algo estranho e incompreensível para uma criança. E Lettie - com sua magia, amizade e sabedoria digna de alguém com muito mais de onze anos - prometeu protegê-lo, não importava o que acontecesse.
  
Opinião:
  E não é que o flerte virou casamento?! Tinha muito medo de ler esse livro e me decepcionar, considerando que absolutamente todo mundo que vi falando sobre ele não atribuiu adjetivo inferior a "maravilhoso" à ele... esperei a poeira baixar a apoteose do livro ser desfeita e finalmente li.
  Não é o meu primeiro contato com o autor, eu li os dois Coisas Frágeis a um tempo, e devo dizer que ele me conquistou mais com a história por trás de cada conto do que com o conto em sí, e essas explicações me foram suficientes para perceber que tem muito de auto-biográfico nesse pequeno livro, que apesar de pequeno é profundo como um oceano (tá, parei).
  Como a sinopse diz, o livro começa com o personagem principal (o qual, se você alguma vez já ouviu falar sobre esse livro, você sabe, não possui nome) indo para a sua cidade natal para um velório, em momento algum é falado a palavra "velório" ou mesmo "enterro" mas podemos facilmente deduzir isso pelas roupas que o personagem afirma estar usando e por alguns sentimentos que ele deixa transparecer, na minha opinião, o melhor do livro é de longe, o fato de o autor deixar tudo para interpretação, ele não entrega as coisas mastigadas nem subestima o leitor. No final do livro, no começo dos agradecimentos ele fala: "Este livro é o que você acabou de ler. Fim. Agora estamos nos agradecimentos. Isto aqui não faz parte do livro, na verdade. Você não precisa ler. Praticamente só tem nomes." (só faltou uma carinha com a língua pra fora no final desse parágrafo) e durante o livro eu sentia como se ele dissesse: "Aí está, esse é o meu livro, escrito da forma que eu quis, te desafio a entender e também a extrair o melhor que puder dele.".
  Certo momento, nosso protagonista resolve visitar sua antiga casa, que não existe mais, e depois do lugar onde essa casa ficava, no fim do caminho, ficava a fazenda das Hempstock, que é onde ele vai parar, senta-se em um banco perto do lago e começa a se lembrar do passado, um passado de cerca de 40 anos antes... mas como diz no trecho que grifei lá em cima: "As memórias da infância as vezes são encobertas e obscurecidas pelo que vem depois." E a história começa a se desenrolar, de forma bastante fantasiosa, se querem minha opinião sobre a história fantástica vão ter que me perdoar, eu vou me ater mais ao que percebi estar por trás disso tudo...
  Depois do suicídio do Minerador de Opalas é que a fantasia realmente começa, com isso me pareceu que o choque de ver uma pessoa morta pela primeira vez, por confrontar a morte de forma tangível e perceber que é algo que espera a todos nós no fim do caminho (tá, vou parar com os trocadilhos infames com o título do livro) ele se refugia criando um mundo para ele, as trevas liberadas pela morte do homem são uma ótima demonstração do medo da morte nascido em uma pequena criança que nunca teve que lidar com nada do tipo (o cara que morreu morava na mesma casa que ele), e Lettie era outra criança (estamos falando da década de 60, onde meninas de onze anos não tinham filhos de dois) e vendo que o garoto se refugiava em seu mundo imaginário se introduziu nele e o ajudou a criá-lo, por mais que durante a história várias lembranças sejam convictas de que tudo aquilo aconteceu daquela forma, pode muito bem ter sido a forma que ele mascarou para si mesmo, para deixar as coisas mais interessantes, por assim dizer. Isso me tocou bastante, eu fui uma criança que criou diversos "mundos paralelos" para fugir de uma realidade a qual eu não gostava.
  O fato de ele retratar a governanta como um monstro que pretendia destruir sua família é o mais simples de interpretar, ele viu o pai "se atracando" com ela e soube que aquilo destruiria sua família, ele se fecha tanto no seu mundo imaginário, sua rota de escape, que anos depois, ao lembrar da infância, aquele mundo era a verdade, ele ainda se defende falando que nunca lembramos das coisas da forma que elas realmente aconteceram.
  Gaiman descreve o universo infantil com maestria, mostrando, além da imaginação como escapismo, a inocência presente em todos nós nessa idade (que de uns tempos pra cá vem se perdendo cada vez mais cedo, o que é uma pena). O fato de pequenos gestos por parte dos adultos poderem tocar fundo, de forma positiva ou não, dentro das crianças. Como elas ficam alegres quando têm sua opinião levada em consideração. Como a inocência faz ver perigo onde na verdade não existe, e achar seguro algo de que deveriam ter medo.
  Resumir o livro em uma palavra é fácil: Nostálgico, explicar a magnitude dessa palavra, praticamente impossível...


  O meu exemplar possui alguns erros de digitação, nada que seja impossível de contornar observando o contexto, e se tratando de um primeira impressão do livro, esses pequenos erros são aceitáveis.

sábado, 6 de setembro de 2014

[Surtando²]Filme do melhor livro já escrito na história

  Gente do céu, vocês precisavam ver a minha cara quando, passeando pelo Facebook (sempre que tem "surtando" no título eu falo que estava passeando pelo Face né?!) levantou uma "janelinha de notificação" do uma postagem da editora Rocco, e quando vi o começo da mensagem já falei "AH, MEU DEUS!!!!!!!!"... tudo que vi foi "Filmagens de A Luz Entre Oceanos..." e corri pra ver a matéria no site da editora...


    Basicamente, a matéria fala que o filme baseado no livro lindo, maravilhoso, perfeito, idolatrado, perfeito, instigante, perfeito e... já disse que é perfeito? de estréia da escritora australiana que tem meu amor eterno M. L. Stedman começa a ser gravado no final desse mês na Nova Zelândia.
M. L Stedman te amo moça
  Ele é um projeto da DreamWorks (porque é o sonho da minha vida ver esse filme, e se eles estragarem a história vocês verão a vastidão da minha ira) e será produzido por Jeffrey Clifford, que também produziu Amor sem Escalas (que nunca vi mas, apesar do nome repelente, vou procurar pra conhecer o trabalho do cara) e David Heyaman, um velho conhecido de muitos de vocês (mas não de mim) pelos 8 filmes da série Harry Potter e também pelo seu trabalho mais recente na produção do filme Gravidade. Será dirigido por Derek Cianfrance, de Namorados Para Sempre (outro filme que nunca vi) e protagonizado (agora vem a parte que me acalenta o coração de que não estragarão, pelo menos os personagens... pelo menos ao que depender dos atores) Michael Fassbender (o Magneto jovem dos últimos filmes dos X-men), Rachel Weisz, que eu não conheço mas ganhou o Oscar pelo filme Jardineiro Fiel (outro que vou ter que assistir) e Alicia Vikander, de O Amante da Rainha (que também não conheço... ops!).
   Ainda na matéria no site da editora vemos que o livro surpreendeu o mercado editorial com a velocidade espantosa em que alcançou "os mais cobiçados rankings de venda no mundo". Já são mais de 1,75 milhão de exemplares comercializados em mais de 25 países.
Fonte: Editora Rocco.

  Aproveitando que estamos falando de amor e perfeição do livro, vou fazer um breve comentário que será "marromeno" uma opinião, estava vendo a que escrevi quando eu li e não acho que ela faça jus ao maravilhoso livro ao qual me refiro... Tudo bem que nada que eu fale vai conseguir demonstrar o quanto amo essa história, mas vamos lá...
  
  A história narra a vida de Tom Sherbourne, um combatente da Grande Guerra que tem a sorte de voltar para casa inteiro, chegando na Austrália, na sua cidade mesmo, a qual já não me lembro o nome, salva uma jovem dos "gracejos" de alguns homens da cidade, a jovem fica "eternamente grata" e cada um segue seu caminho. Tom precisa de emprego, e mesmo já tendo se encantado com uma outra jovem da cidade vai trabalhar como faroleiro em uma ilha isolada da costa australiana, com esse livro eu pude ver o quanto a vida de um faroleiro é monótona, além de cuidar do farol ele precisa comunicar a central tudo, absolutamente tudo que acontece na ilha e em seus arredores: apareceu um barril flutuando, manda mensagem para a central falando que apareceu um barril assim, assim, assado a tal distância da ilha a tal hora do dia e o vento no momento estava soprando em tal direção a tal velocidade, acho que deu pra entender né.
  A moça por quem ele se encantou se chama Isabel, é filha de um homem importante da cidade, pelo que me lembro (preciso reler logo... mas ele está emprestado :/ ) e resolve abrir mão da sua vida de mordomias e casar-se com Tom e ir morar com ele na ilha, o anos passam, o casamento anda muito bem, obrigado. Mas Isabel não consegue manter nenhuma gravidez, e até isso ele precisa comunicar à central.
  Certo dia, logo após Isabel sofrer mais um aborto espontâneo, aparece um barco naufragado na costa da ilha, com um homem morto e um bebê recém-nascido ainda vivo...
  Eu queria basicamente dar uma sinopse do livro, mas vale comentar também que a narrativa torna interessante até as notificações que Tom precisa dar à central (não me lembro se esse é realmente o nome do escritório ao qual ele avisa sobre tudo), com descrições tranquilas, sem muitas divagações e explorando a mente ferida de Tom pela guerra.

  O último sorteio de melhores do ano será o sorteio desse livro. Nossa! Mas por que só o último? Para encerrar com chave de ouro branco cravejada de diamantes, rubis e safiras u.u

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

[Marca Texto] Falem de Batalhas, de Reis e de Elefantes - Mathias Énard

  Inspirado na Michelly (Mais uma Página), e na Joana (Coisas Que eu Sei Que Sei) resolvi acrescentar uma nova "coluna" ao blog: Chamei a coluna, inicialmente, de "frisando", mas estou aberto a sugestões de nomes melhores :p (pensei também em "taca-lhe pos-it" e "marcando texto" mas não achei muito... como dizer? mentalmente saudáveis, em especial o primeiro) e vai consistir basicamente em colocar uma pequena quote de determinado livro e falar alguma coisa sobre ela, seja falar o que ela representa, ou se possui referência a alguma outra obra (de seja lá qual mídia), ou, o que vai acontecer com mais frequência, simplesmente falar porque escolhi ela para colocar aqui:

  "Sei que os homens são crianças que afugentam o desespero com a cólera, e o medo, no amor; ao vazio respondem construindo castelos e templos. Agarram-se a narrativas e as conduzem à sua frente como estandartes; cada um adota uma história para vincular-se à multidão que a compartilha. São conquistados por quem lhes fale de batalhas, reis, elefantes e seres maravilhosos; por quem lhes narre a felicidade que haverá para além da morte, a luz viva que presidiu seu nascimento, os anjos que giram ao seu redor, os demônios que os ameaçam e o amor, o amor, essa promessa de esquecimento e saciedade."
  Antes que se escandalizem dizendo: "como esse menino, se dizendo cristão, me coloca uma 'frase' dessas?" permitam-me explicar porque eu gosto dessa parte: Já disse algumas vezes por essa internet afora que se tem uma coisa que me cativa é a inteligência, e gosto principalmente de uma boa utilização vocabulário, por mais que esse trecho que destaquei me ofenda, ele é escrito de forma linda, discordo com veemência dessa história de que a ideia de uma vida após essa é apenas uma história para acalentar corações vazios e desesperados, mas respeito o ateísmo do autor, mesmo ele não respeitando a minha forma de pensar, o que mostra que apesar de um belo vocábulo lhe falta um tiquinho de entendimento dos mais diversos pontos de vista e, claro, de respeito...

  Então meu povo? Gostaram? É o que tinha pra hoje... se tiverem interesse já falei do livro em si aqui.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

[Lista] Os três clipes mais divertidos de Olly Murs

  Se você não sabe quem é Olly Murs não se sinta mal... eu só fui saber a existência desse cantor a pouco tempo.
  Só pra deixar claro, eu não sou um grande apreciador da música, tenho um estado de ânimo bem inconstante, e dependendo desse fator eu procuro músicas que se encaixem no momento, mas vira e meche entro na internet e ouço uma seleção gigantesca de faixas, embora normalmente eu escute, e quase sempre prefira, as gospel, ouço seculares também, não tenho problema com elas, nem acho que deveria ter, não gosto aquelas que se resumem a: sexo, bebida e safadagem, mas músicas de letra "limpa" não há motivo para mim não ouvir.... Mas acho que sou o único ser humano que não tem uma musiquinha sequer no celular.
  Vamos falar primeiramente (ou seria "segundamente" já que discorri sobre minha relação com a música no paragrafo de cima?)como soube que havia um cantor ou mesmo ser humano com esse nome: a um tempo atrás eu era um dos responsáveis pela música ambiente do supermercado onde trabalho, o que quer dizer que eu ia até o YouTube, colocava o nome de uma música e clicava naqueles mix de trocentos vídeos, certo dia passou uma música dele, uma música bem bacana inclusive (ela vai aparecer nessa lista), e simplesmente adorei o clipe, depois quis ver de novo e quem disse que lembrava o nome do cidadão ou da música?! Procurei por tudo com a frase "clipe da moça constantemente desempregada" e frases semelhantes e só quando o clipe voltou aleatoriamente na playlist do mercado é que vi o nome, e dessa vez decorei.
  As músicas são legais, com uma letra simples e limpa (talvez pelo fato de não ter meio mundo de palavrões não faça tanto sucesso, fazer o que :/ ) mas o mais legal são os clipes, eles são engraçados, absurdos e o cantor sempre se dá mal no final... resumindo, são divertidos, e diferente da maioria dos clipes americanos (e vários brasileiros também) o clipe tem alguma coisa a ver com a música, não ouvi todas as músicas dele, nem assisti todos os seus clipes, mas dentre os que vi selecionei os meus três favoritos que você confere abaixo:

3. Dance Witch Me Tonight

  Enquanto a música começa com Olly se apresentando e chamando uma bela garota para dançar, o clipe começa com ele sendo preso, e depois mostra porque ele está preso, além de juntar pessoas e itens aparentemente aleatórios ele nos ensina como se faz uma serenata com estilo.

2. Heart Skips a Beat

  Esse foi o clipe que me convenceu a fazer essa postagem apenas com clipes desse cara, que atire a primeira pedra que nunca se encantou por uma garota que não dá a mínima pra gente.  Minha única reclamação para esse clipe é que ele roda demais :p

1. Troublemaker

  Esse foi o clipe/música que me "apresentou" ao cantor e é meu favorito, quem nunca se encantou por uma encrenqueira também? Fico me perguntando se esse cara que canta essa música com ele sabe o que o nome dele vira quando falamos rapidamente aqui no Brasil...

  Ele tem alguns outros muito divertidos também, como Oh My Goodness, mas também tem outros sérios e até um meio perturbador (que parece que era pra ser divertido mas pra mim foi perturbador) chamado Busy.
  E é isso minha gente, espero que tenham gostado, me deem mais sugestões de listas nos comentários (estou querendo fazer mais) Grande abraço e até  próxima, que provavelmente é amanhã e provavelmente vai ser sobre livros mesmo ;)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

[Enquadrando] Superman e a Legião dos Super-heróis

HQs ♦ Panini ♦ DC ♦ Superman

  Não sou um grande fã do Superman, isso é claro, se desconsiderarmos o fato de que Smallville já foi meu seriado favorito e que sempre que encontro um encadernado caprichado com um arco completo eu compro... se eu fosse realmente muito fã do cara acompanharia a revista mensal, xingaria o povo que diz que ele perderia numa briga contra o Batman (coisa que não faço porque sei que é verdade).
  A história começa com um prelúdio onde, no ano de 3008 D.C. um planeta alienígena está prestes a ser destruído, um casal resolve colocar um bebê em uma nave e enviá-lo a outro planeta. que planeta? A Terra, é óbvio. O casal explica, um para o outro, que cerca de mil anos atrás um planeta também condenado enviou seu último filho para aquele planeta (o nosso) e foi muito bem recebido, se tornou o maior herói da Terra. Eles então enviam seu filho em uma nave pouco tempo antes de seu planeta ser destruído, para continuar a reprise a nave com o bebê cai na terra em um milharal enquanto um casal de fazendeiros passava... Mas diferente da história que conhecemos, o casal se assusta com a criança alienígena e decide fazer "o que qualquer cidadão cumpridor da lei faria [...] Vamos matá-lo".
  E nesse ponto voltamos para o presente, vemos Clark Kent em um dia "normal" no escritório do Planeta Diário quando um robô gigante (conhecido por quem acompanha as HQs como Saltador Temporal)aparece nas redondezas, e quando confrontado por Superman revela uma imagem gravada de Brainiac 5 (se você nunca leu quadrinhos deve pelo menos conhecer esse personagem pelo desenho da Liga da Justiça que passava, e se bobear ainda passa, nas manhãs do SBT) falando que o futuro e a Legião estavam em perigo porque os alienígenas já não eram bem-vindos na Terra.
  Confesso que só comprei esse encadernado na terceira vez que o vi, e só comprei por causa do roteirista (Que vocês já me viram engrandecer por aqui). E devo dizer que ele não me desapontou, apesar desse começo de criatividade duvidosa, ele soube desenvolver muito bem a história.
  Acho que é meio óbvio que o Superman viaja para o futuro e encontra a Legião desmantelada, alguns membros foram expulsos do planeta por serem alienígenas e outros andam escondidos, junto com os membros humanos que estão foragidos por serem considerados impuros, por compactuar com alienígenas.
  Podemos usar isso como uma metáfora (ou uma crítica direta) ao preconceito, seja ele qual for, na história só nos deparamos com a xenofobia, o preconceito contra indivíduos de outra espécie (o tipo de coisa da qual você pode ser acusado se disser que tudo bem comer vacas, mas é errado comer cachorros. E me prendam... eu falo isso) Os argumentos usados contra os alienígenas na história são bastante semelhantes aos usados para discriminar negros, religiosos, pobres e homossexuais. A história também nos mostra que para moldar a opinião pública, tando para criar quanto para acabar com o preconceito, é necessário o lento e constante uso de uma Janela de Overton (Existe um livro com esse mesmo nome que usa uma história muito bacana para explicar o que é essa técnica), é complicado, pra não dizer impossível, mudar a opinião de um senhor de idade que cresceu em um ambiente onde negros ou homossexuais eram considerados sub-humanos, pelo menos não de forma abrupta... toda mudança necessita de preparação, para chegar ao cerne de um problema e resolvê-lo é preciso primeiramente "comer pelas beiradas" #Ficaadica.

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Nesta história conhecemos a Liga da Justiça da Terra, um grupo de heróis (com a maior pinta de vilões) formada exclusivamente por terráqueos que têm como objetivo a expulsão de todo alienígena da Terra.

A história foi originalmente publicada na revista Action Comics, dos números 858 a 862

Sinopse da edição:

  Respondendo a um urgente pedido de socorro, Superman viaja ao século 31 para salvar seus maiores amigos: a Legião dos Super-Heróis.
  Mas, nesse futuro, o legado do Homem de Aço foi distorcido e usado para iniciar um período de terror em que a Legião é considerada uma organização criminosa, uma guerra entre os Planetas Unidos e a Terra é iminente e as ações de "Manutenção da paz" da xenofóbica Liga da Justiça da Terra pioram as coisas cada vez mais...
  Para reolver a caótica situação, Superman terá de resgatar a Legião e, com a ajuda de seus integrantes mais valorosos, restabelecer sua interminável batalha pela justiça, pela verdade... e pelo modo de vida intergalático!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

[Vídeo] Lidos em Agosto de 2014 + Divagações

 Olha só, depois de um longo e tenebroso inverno (acreditem, foi um longo e no mínimo rigoroso inverno) eu volto com o vídeo de leituras do mês... pra ele não ficar com horas de duração vou mostrar só os de Agosto, mas se quiserem ver o que eu achei de alguns livros (não falei de todos eles) que li em Junho e Julho vou deixar também os links das postagens nas quais falei deles...
Junho:
Eu Sou o Mensageiro - Markus Zusak
Dinossauros Entre Nós: Não falei dele mas só digo que foi uma grande decepção... se quiserem uma opinião mais detalhada eu faço uma postagem pra ele.
Insônia - Stephen King: Parece que eu tinha lido a tanto tempo mas faz só 3 meses...
Não Volte Para Casa do Mesmo Jeito - Josué Gonçalves, é bem bacaninha... também não falei dele mas... é bem bacaninha (ponto)

E foram apenas esses que li em Junho

Julho:
Marina - Carlos Ruiz Zafón ♥o♥
As Aventuras do Sr. Pickwick - Charles Dickens (ainda vou ler algo integral do autor... por honra)
Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore (obrigado Mirian, pela troca tranquila e pelo bilhetinho fofo :3)
A Última Grande Lição - Mitch Albom (bom, principalmente para entender mais sobre a doença que anda fazendo todo mundo tomar banho gelado)
Garota Exemplar - Gillian Flynn (com sorteio, corre que ainda dá tempo)

Agosto:


A Graça da Coisa - Martha Medeiros (Owwwuuuuunnnttt *o*)
Vinda Com a Neve - Odette e Barros Mott (Minha vizinha mudou-se T-T)
Mago e Vidro - Stephen King (Caminho para a Torre Negra: 2462 páginas percorridas, faltam 2603)

  Não deixem de visitar o blog do Gabryel que deu essa tão necessária recauchutada por aqui

  E é isso minha gente... espero acho que não estou esquecendo de nada mas provavelmente estou, sinto isso...
 Grande abraço pro6!

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