domingo, 29 de junho de 2014

Surtando: A Série Mais Esperada (Por mim, Pelo Menos)

Um dos melhores livros que li no ano passado, e ainda vou sortear para vocês, foi o livro Os Deixados Para Trás (The Leftovers) escrito em 2011 por Tom Perrotta, do qual falei, toscamente, no primeiro dia de vida do blog, a pouco menos de um ano.
  Assim como disse na pseudo-resenha que fiz dele, na orelha diz que o próprio autor estava adaptando a obra para um seriado na HBO, a algum tempo vi um vídeo do Cabine Literária (um daqueles de 1 minuto que muita gente reclama mas que eu acho incrivelmente úteis) no qual o Danilo falava que a tal série estava em produção, e hoje, passeando pelo Facebook, encontrei o trailer. Até reconheci uns personagens, obviamente não será muito fiel ao livro (afinal, o dito cujo tem pouco mais de 300 páginas) mas mesmo assim acho que será uma série incrível, ficam os trailers (na verdade um teaser que achei no YouTube) abaixo pra vocês darem uma conferida.
Parece que vai ter bem mais sacanagem do que no livro, mas fazer o que né... nada é perfeito...




  E é isso por hoje, minha gente. Alguém mais leu o livro? Ou ficou com vontade depois de ver esses vídeos? Sei que eu, que já estava com vontade de reler vou adiantar a releitura e fazer uma resenha decente pra vocês.
   Grande abraço e até a próxima!!!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

[Opinião] Insônia - Stephen King #75


Editora:Objetiva

N° de Páginas:404

Citação:

Há certas coisas que a humanidade, homens e mulheres, sempre buscam. Não é o tipo de coisa que aparece em livros de história e civismo, pelo menos, não na maior parte deles; refiro-me a coisas fundamentais. Um teto para se abrigar da chuva. Três refeições por dia e uma cama. Uma vida sexual decente. Intestinos saudáveis. Mas talvez o mais fundamental seja isso de que você sente falta, meu amigo. Porque não há nada no mundo que se compare a uma boa noite de sono, não é mesmo?"
Sinopse:
  Oque há para além do que nossos olhos são capazes de ver? Quem está a nosso lado, à nossa espreita, quando temos certeza da solidão absoluta? Até que ponto somos donos de nosso destino diante de poderosas forças invisíveis? Stephen King nos leva em Insônia a uma impressionante viagem por planos inimagináveis da existência humana. Fenômenos de hiper-realidade. Uma cidade violentamente dividida pela questão do aborto. Viagens astrais. Estas e outras emoções têm encontro com você neste livro.
Insônia - um romance que deixará você de olhos bem abertos.

Opinião:
  Demorar 15 dias para ler um livro de 400 páginas tem algumas justificativas:
  A história era ruim (Falsa)
  A narrativa é arrastada (Falsa)
  A letra é diabolicamente pequena (Verdadeira)
  Nesse livro conhecemos Ralph Roberts, entre outros personagens, é claro, um velho (resumindo, toscamente, a lista de protagonistas do mestre SK: escritor, professor, velho, deslocado com parentes fanáticos religiosos, ou uma mistura dos 4, é claro que tem outros tipos de protagonistas mas esses são maioria, dentre os que conheço) que tem a esposa em estado terminal devido a um tumor cerebral que seu médico chamou inicialmente de "excesso de estresse", logo no começo do livro essa esposa morre, e aí começam as noites mal dormidas do protagonista, ele não possui muita dificuldade em pegar no sono, a insônia dele é diferente, ele acorda cada dia mais cedo até praticamente parar de dormir, óbvio que ele vai ficando abatido e todo o elenco de personagens lhe passa um "remédio milagroso" para curar a insônia.
  Depois de muitas informações realmente úteis sobre insônia, remédios e afins Ralph começa a perceber coisas estranhas, é aí que a "verdadeira aventura" começa.
  É incrível a quantidade de referências a outras obras que o autor faz nesse livro, não somente obras dele (entendi muito mais sobre A Torre Negra neste livro do que nos 3 1/8 que li da coleção até agora) mas também antigas obras de outros, ele se refere mais de uma vez ao poema O Corvo de Edgar Allan Poe:
  "É alguma coisa ruim. Uma coisa realmente ruim. É como um cão negro uivando para a lua que só aparece de três em três anos, como sangue na pia, como um corvo empoleirado no busto de Palas bem na entrada do quarto."126
  "Embale minhas tristezas e aflições, pássaro de mau agouro, e tchau."236
  A questão do aborto é amplamente discutida também, existem diversos pontos de vista mas o do protagonista não fica muito claro, mas vemos muita gente defendendo seus argumentos, não que isso tenha mudado a minha opinião sobre o assunto, opinião que é muito parecida com um dos personagens que diz:
  "Matar alguém que um dia poderia escrever um grande poema ou descobrir a cura da AIDS, ou do câncer para mim é uma coisa totalmente errada."273
  A trama é bem intrincada, mas pode influenciar as pessoas que não têm opinião formada, não só sobre a questão do aborto, acredito que pessoas de mente fraca, sem ofensas, no caso pessoas que não têm muito hábito de ler e que são facilmente influenciadas podem ficar muito meio paranoicas com essa história, essa parte não me agradou tanto.
  Resumindo, porque isso já está ficando grande, é um bom livro, uma boa distração, bastante descritivo que mistura realidade com fantasia, merece ser lido mas não recomendaria ingressar na obra do SK por ele.


terça-feira, 17 de junho de 2014

Novos Livros Velhos #3

  Voltei, com mais um vídeo sem edição, mas esse até que ficou bom, e não dura meia hora então vocês podem assistir sem medo de dormir \o/


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Lidos em Abril e Maio de 2014

  Quem tem meia hora disponível aí??? Sério, eu tenho que aprender a editar, e desculpem ter ficado escuro mas é que estamos no inverno (não é outono, não, Fraiburgo é igual chuveiro, só tem verão e inverno) e o sol não costuma dar o ar da graça nessa época.
  Também gravei um vídeo com os quadrinhos e mangás lidos em Abril e Maio mas ele ficou com 28 minutos e acho que se alguém se dispuser a ver esse dificilmente irá querer ver outro tão grande assim...

Vídeo do Danilo
Canal da Nayara
Opiniões:
As Terras Devastadas
Toda a Verdade,
Desaparecido Para Sempre,
O Grande Gatsby,
A Estrela que Nunca Vai se Apagar,
Pegasus e o Fogo do Olimpo,
O Chamado da Selva,
Dois Rios <3,
Sem Deixar Rastros.
  É isso meu povo, mil perdões pelo vídeo gigantesco e escuro, vou fazer todo mês pra não ficar tão longo, e vou voltar a ficar de frente para a janela... não se esqueçam dos sorteios, um abraço pra todo mundo e até a próxima...

Skoob

sábado, 7 de junho de 2014

[Opinião] Eu Sou O Mensageiro - Markus Zusak #74


Editora: Intrínseca

N° de Páginas:318

Citação:

O que você faria no meu lugar? Me diga. Por favor, me diga!
Mas você está longe disso. Seus dedos estão virando a esquisitice destas páginas que de certa forma ligam minha vida com a sua. Seus olhos estão seguros. A história pra você não passa de mais umas 100 páginas na sua mente. Pra mim, está aqui. É agora. Tenho que ir até o fim, considerando o custo a todo momento."

Sinopse:
  Conheça Ed Kennedy: taxista, patético jogador de cartas, um desastre no amor. Mora numa casinha alugada com seu cachorro viciado em café e está apaixonado pela melhor amiga. Seu dia-a-dia é uma rotina de incompetência, até que, impede o assalto a um banco. Então recebe a primeira carta: um Ás. é quando Ed se torna o mensageiro...
  Escolhido para socorrer, ele segue seu caminho na cidade ajudando - e machucando (quando necessário) - até que resta apenas uma questão: Quem está por trás de sua missão?
  Eu sou o mensageiro é uma jornada enigmática repleta de humor, socos e amor.

Opinião:
  Markus Zusak é o mensageiro, e sua mensagem está nesse livro.
  Logo no começo da história somos apresentados a Ed (um exemplo de perdedor, manezão e e inacreditavelmente chato) e seus quatro melhores (lê-se únicos) amigos: Ritchie, um exemplo de preguiça com uma tatuagem ridícula no braço. Marv, a personificação da sovinice com o carro mais ferrado do mundo que ele defende como se fosse a própria mãe. Audrey, uma garota bacana, que não ama ninguém e não quer ser amada, ah sim, é meio ninfomaníaca. e Porteiro o cachorro de 17 anos (caramba) que recebeu esse nome por adorar ficar de frente a porta e que possui o cheiro horrível que banho nenhum dá jeito.
  O livro foi escrito em 2002, antes de A Menina Que Roubava Livros (que é de 2006) e nem parecem ter sido escritos pela mesma pessoa. Os personagens de Eu Sou o Mensageiro me incomodaram muito no começo, mas dá pra ver que essa era exatamente a intenção do autor, ele criou, segundo as próprias palavras, exemplos de mediocridade e grandes perdedores.
  O principal ponto de reflexão do livro nos é dado no final, claro, é perfeitamente possível identificá-lo antes disso mas pra quem não quer ficar pensando no que está nas entrelinhas tá lendo um livro pra que? ele nos fala com todas as letras perto do final. a narrativa é fácil, o meu exemplar é de primeira edição e eles acabaram deixando muitos erros passarem, falta uns artigos em algumas frases mas nada que derrube a incrível experiência que é ler essa história incrível.
  Em vários momentos o narrador (Ed) nos fala que mesmo que pra gente seja apenas um livro aquilo é a vida dele e realmente está acontecendo com ele. Ele se questiona o tempo todo sobre por que e por quem ele foi escolhido para levar essas mensagens, e no final percebemos a genialidade do autor quando Ed pergunta a pessoa por que ele foi escolhido a pessoa responde: "Eu fiz isso porque você é o verdadeiro símbolo e modelo de banalidade, Ed [...] E se um cara como você consegue fazer o que você fez por toda essa gente, talvez todo mundo consiga. Talvez todos possam superar seus próprios limites de capacidade [...] Talvez até eu consiga..."
  Como nem tudo são flores, o livro também tem alguns aspectos negativos, que são massacrados, na minha opinião, pelos pontos positivos, mas talvez nem todos pensem assim, então vou ressaltá-los aqui, o primeiro é que quando Ed recebe a primeira carta ele age como se ela fosse algo "mágico", por falta de palavra melhor, e mesmo agindo como se fosse algo sobrenatural e mesmo tudo parecendo algo mais elevado do que imagina nossa vã filosofia ele continua procurando a pessoa, isso, pessoa, ser humano normal, que está mandando essas cartas pra ele, alguém que o conhece tão bem quanto ele mesmo. Outra coisa a reclamar é que o final é meio corrido... o livro é dividido em 5 partes, uma pra cada carta/missão que Ed recebe e a última parte me pareceu um tantinho atropelada...
  Mas como eu disse, pra mim, os pontos positivos sobrepujam com louvor os negativos, o livro me emocionou bastante, e qualquer livro que consiga me emocionar sem meter câncer no meio tem que ser considerado profundo, no mínimo, não sei se já disse mas o começo dele é meio chato, se você começou a ler e não gostou, insista, ele vale super a pena.

Um Comentário com Spoiler

Já vou avisando que será um tremendo Spoiler, leia por sua conta e risco...
Eu preciso falar isso mesmo que ninguém leia, foi uma surpresa incrível quando descobri quem tinha feito o Ed, passar por tudo isso, mas depois pareceu tão óbvio, mas eu não esperava mesmo, que pode conhecer tão bem os personagens de um livro quanto o próprio autor? Isso mesmo, quem fez o Ed passar por tudo isso foi o próprio Markus Zusak, apesar de não falar isso com todas as letras fica bem claro no final, e é ótima última frase do livro, e totalmente verdadeira: "Eu não sou o mensageiro. Eu sou a mensagem.

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