quarta-feira, 26 de março de 2014

[Opinião] O Silêncio do Túmulo - Arnaldur Indriðason #62

Editora:Cia das Letras
N° de Páginas:315
Citação:
"Todos nós estamos esperando o fim do mundo. Seja com um cometa ou com qualquer outra coisa. Todos n´[os temos nosso dia do juízo final. Alguns o atraem para si mesmos. Outros o evitam."
Sinopse:
  Um esqueleto é encontrado por acaso em um canteiro de obras próximo a Reykjavík, Islândia. Pelo seu aspecto. É possível dizer que foi enterrado há cerca de sessenta anos. Mas sob que circunstâncias? Será um homem ou uma mulher? enquanto os ossos são cuidadosamente removidos por um grupo de arqueólogos, cabe ao inspetor Erlendur e seus assistentes remexer nas velhas histórias da região, histórias repletas de lacunas, que envolvem violência doméstica, um suicídio duvidoso e a presença de uma base aliada na época da Segunda Guerra.
  Paralelamente à investigação, Erlendur precisa lidar com um problema de ordem pessoal: sua filha, viciada em drogas e com quem ele mantém uma relação distante, acaba de entrar em coma.
  Nas ocilações entre o tempo presente e o passado, o autor de O Silêncio do Túmulo constrói uma trama engenhosa e profundamente humana, na qual as gélidas paisagens islandesas ocultam antigas paixões e terríveis traumas.

Opinião:
  Um perfeito exemplo de: Mirou no poste e acertou no pássaro. A ideia era fazer um intrigante romance policial, mas o resultado final foi uma comovente história sobre violência doméstica.
  O livro começa com personagens que só existem para fazer a abertura, numa festa de aniversário de uma criança, um estudante de medicina (que não conhece ninguém e só Deus sabe o que ele está fazendo lá) percebe que a irmãzinha do aniversariante está mastigando algo que ele reconhece como uma costela humana, chamando a mãe da criança, que chama o garoto que está fazendo oito anos, eles descobrem onde ele encontrou a "pedra branca e surpreendentemente leve" e aí entra o inspetor Erlendur, que desenterra uma mão humana (os ossos de uma mão humana) e depois de ser repreendido por Skarphédin, o arqueólogo, por ter cavado de forma irresponsável ele deixa o resto da escavação por conta do mesmo (o que dura quase um mês, ou seja, praticamente o livro todo).
  Em determinados momentos, enquanto as investigações com diálogos que no começo são travados, mecânicos e inacreditavelmente enfadonhos, o autor volta alguns (vários) anos no tempo e conhecemos uma família de cinco pessoas, a pobre mãe, que só saberemos o nome dela no final do livro, e só quando falam o nome dela é que a gente se toca que não tinha essa informação até então, e eu já não lembro o nome dela, o pai, Grímur, que espancava a esposa e vivia ameaçando matar as crianças se ela tentasse fugir dele, e as crianças: Tómas, um guri que seria melhor se nem existisse, Símon, o garoto corajoso que acredita que um dia será capaz de defender a mãe, e Mikkelína, a menina do casamento anterior da mulher, Mikkelína teve uma séria doença aos três anos e perdeu a fala, teve as pernas um braço e o rosto paralisados o que fazia seu padrasto chamá-la de retardada e aleijada.
  A história do ponto policial é "bacaninha", mas não passa disso, já a história da família é muito boa e angustiante, como romance policial ficou devendo, mas o livro vale muito a pena só pela história da família (estou sendo repetitivo?). Todo o livro tem personagens cuja existência é irrelevante, e a história é bastante previsível, muitos capítulos terminam com cliffhanger, e a continuação dele é sempre no começo do próximo capítulo, o que é bom.
  Mas e um resumão do que você quer falar, será que dá? Um livro bom, até mais que bom, mas não muito bom (?), merece ser lido apesar de inúmeros nomes difíceis, previsível mas mesmo assim bacana.
 
 PS: Sei que é na Islândia e tals mas, crenDeuspai, que monte de nome impronunciável :s

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