quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

[Opinião] Eu Me Chamo Antônio - Pedro Gabriel #51

Editora:Intrínseca
N° de Páginas:133
Sinopse:
  Antônio é o personagem de um romance que está sendo escrito e vivido. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida — suas alegrias e tristezas — em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia. Antônio é perito nas artes do amor, está sempre atento aos detalhes dos encontros e desencontros do coração. Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos. Caso falte alguém especial a seu lado (situação bastante comum), Antônio sempre se acomoda na companhia dos muitos chopes pela madrugada. A mente por trás de Antônio é Pedro Gabriel. Em outubro de 2012, ele inaugurou a página Eu me chamo Antônio no Facebook para compartilhar o que rabiscava com caneta hidrográfica em guardanapos nas noites em que batia ponto no Café Lamas, um dos mais tradicionais bares do Rio de Janeiro. Em seu primeiro livro, Pedro apresenta histórias vividas por seu alter ego, desde a cuidadosa aproximação da pessoa desejada, o encantamento e a paixão, até o sofrimento provocado pela ausência e a dor da perda.

Opinião:
  Ah, Rudi... não sabia que você gostava de poesia! Pois é... nem eu!

  Na verdade eu era muito avesso a poesia, isso começou a mudar depois que conheci o canal da Júh (se alguém quiser me dar o livro dela tô aceitando :p).
  Como praticamente todo mundo sabe, esse livro é um conjunto de guardanapos. Guardanapos? Poesia? De que raios você tá falando? Sim, guardanapos... permita-me explicar. É um conjunto dos guardanapos "artesanados" por Pedro Gabriel (vulgo, Antônio) que deixa mensagens, muitas vezes poéticas e em alguns casos depressivas, mas no geral muito interessantes, em guardanapos de um café no Rio de Janeiro, em outubro de 2012 ele começou a colocar fotos desses guardanapos em uma página no facebook, mas isso já está na sinopse... essa poesias têm o intuito de construir a história desse Antônio, pelo menos foi isso que eu entendi, e se prestarmos atenção, podemos ver o decorrer da história... mas ele também pode ser lido como um livro normal de poesias (acho eu, não tenho muita experiência com esse tipo de livro, novamente reforço: quem quiser me dar o livro da Júh estou aceitando) e fotos.
  O livro é um dos mais lindos que já vi, a parte visual dele é incrível, os poemas também são bacanas. O autor brincou muito com as palavras, com frases conhecidas que, se você não prestar atenção lerá como seria a frase normalmente, um exemplo disso é um guardanapo no qual ele escreveu "Estou passando por uma frase difícil".
  As fotos são todas muito lindas, fotos de coisas simples como rolhas, moedas e afins, mas tiradas de uma maneira perfeita, o tipo de escrita de "Antônio" também é muito bacana, apesar de, as vezes, ilegível, por sorte tem um glossário no final do livro, com o número da página e o que está escrito na mesma.
  É um livro que pode ser lido em uma sentada, mas também pode ser um livro para ler uma página por dia e apreciá-lo eternamente :3
  Vou colocar algumas fotos aqui, pra que vocês apreciem... afinal, já estão todas disponíveis no facebook mesmo^^

Mais uma brincadeira com as frases comuns:
"-Olá, como você se ama?"

convenhamos que o cidadão não é um exímio desenhista, mas as fotos ajudam a complementar.
"Sonhe alto. O máximo que pode acontecer é você realizar um sonho à altura"

Em um momento apaixonado
"Encantado encontro você em cada canto"

Um dos que eu mais gostei
"Feito um defeito, 
o amor chega e realiza seus feitos 
até se desfazer por completo
e partir, satisfeito,
despedaçar outro peito."

Um dos depressivos
acho que não há necessidade de legenda né!

Não o que está escrito, achei a página em si muito bonita
"É que, às vezes, precisamos perder amores para ganhar poemas."

Também adorei esse
"Você, distante, diz tanto sobre mim."

Minha favorita
"Quem fica faz arte com as sombras de quem parte."

Uma incrivelmente verdadeira que não me envergonho de dizer que me fez refletir
"Atropelaram meus sonhos. Alguém anotou a placa da realidade?"

A melhor conjugação do verbo ser, ou seria do errar?
"Eu era
tu eras
nós erramos."

Uma pequena mensagem de auto-ajuda
"Calma: precisamos só cegar algumas coisas e sossegar outras."

E uma verdade escrita diretamente para nós, leitores
"Se você não consegue virar a página, troque o livro.
Existem tantas histórias interessantes esperando para serem lidas,
esperando para serem lindas."

  É um livro que só pelo conteúdo merece três estrelas e meia, mas conquista mais meia (ou uma) pelo trabalho artístico.


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