terça-feira, 28 de janeiro de 2014

[Opinião] O Exorcista - William Peter Blatty #48

Editora:Agir
N° de Páginas:332
Sinopse:
Nos Estados Unidos da América, algo muito estranho acontece. Atingida por uma doença que os melhores especialistas não conseguem descobrir, uma criança caminha para a morte, semeando a destruição à sua volta, ao mesmo tempo que se vai apagando numa agonia atroz.

Opinião:
 Eu assisti ao filme a mais de 10 anos, então tem muuuuuita coisa das quais eu não lembrava, inclusive que o tal pazuzu era tão boca suja...
  O Exorcista narra, como todo mundo sabe, a história da possessão de Regan pelo demônio. Mas Regan não é o personagem principal da história, tão pouco o intrometido que se apossa de seu corpo. O protagonista é o padre Karras, um padre que perdeu sua fé, o fato é que além de padre, Damien (o mesmo nome do garoto do filme A Profecia, sério, o nome dele foi uma das coisas que mais me deu medo) também é psicólogo, eu imagino que deve ser muito difícil conciliar a fé com o conhecimento da mente humana, em algum momento as duas coisas acabam batendo de frente. Inclusive na orelha do livro está escrito:
"[...]Até, enfim, descobrirmos que não se trata apenas de uma história sobre o bem contra o mau. Ou sobre Deus contra o demônio. Mas sobre a renovação da fé."
  Uma coisa é inegável, Blatty escreve como ninguém, você pode até não saber dizer o que é uma história bem escrita, como eu, até ler O Exorcista e ver que esse cara nasceu pra isso. Acredito que nessas mãos, até uma história ruim seria incrivelmente elogiada.
  Os personagens são tão bem formados que você acredita estar lendo algo que realmente aconteceu, enquanto nos encantamos com a vida de Damian Karras, desejamos a morte do detetive Kinderburg (acho que é isso) e pensamos que Chris é a ateia que mais pede ajuda divina que já existiu, vemos também como os acontecimentos são descritos de forma simples e perfeita.
  No quesito medo, pra mim, ele ficou devendo... Não que eu não acredite que uma possessão possa acontecer, acredito sim, e acho que foi bem retratado, mas isso não é algo que me assuste particularmente, é uma história bacana, bem legal, mas como terror ficou devendo um pouco, eu fiquei com mais medo lendo Garotas de Vidro... Mas essa é a minha impressão...
  Uma coisa sobre a edição: 
   eu odiei essa capa.
  Eu acho, que se você tem uma mente formada e não se deixa levar por qualquer coisa, não tem porque não ler, como eu disse, ele é incrivelmente bem escrito desde o primeiro parágrafo:
"Assim como o brilho breve dos raios do sol não é notado pelos olhos de homens cegos, o começo do horror passou despercebido; com o guincho do que ocorreu em seguida, o início foi, na verdade, esquecido e talvez não relacionado de forma alguma ao horror. Era difícil saber."
Até a última linha:
"No ato de esquecer, eles tentavam se lembrar"
Talvez você leia o livro todo e essa última frase não faça o menor sentido pra você, assim aconteceu comigo, mas mesmo sem entender exatamente o que ela quer dizer, fiquei fascinado com ela. A coisa que mais me incomodou no livro foi, claro, o demônio, ele é odioso demais, óbvio que eu não esperava simpatizar com ele, as partes que ele está no controle, que pra mim não foram assustadoras, foram demasiadamente nojentas... muito nojentas, sem falar nas obscenidades faladas por ele, eu sou a pessoa mais chata do mundo com palavrões, não falo e não gosto de ouvir...
  Mas, de um panorama geral, é um livro muito bom e merece ser lido.

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