domingo, 15 de dezembro de 2013

[Opinião] O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde #37


Editora:Martin Claret (Abril Coleções)
N° de Páginas:283
Citação:
"[...]vivemos em uma era em que as coisas desnecessárias são nossa única necessidade."
Sinopse:
Dorian Gray é um belo e ingênuo rapaz retratado pelo artista Basil Hallward em uma pintura. Mais do que um mero modelo, Dorian Gray torna-se inspiração a Basil em diversas outras obras. Devido ao fato de todo seu íntimo estar exposto em sua obra prima, Basil não divulga a pintura e decide presentear Dorian Gray com o quadro. Com a convivência junto a Lorde Henry Wotton, um cínico e hedonista aristocrata muito amigo de Basil, Dorian Gray é seduzido ao mundo da beleza e dos prazeres imediatos e irresponsáveis, espírito que foi intensificado após, finalmente, conferir seu retrato pronto e apaixonar-se por si mesmo. A partir de então, o aprendiz Dorian Gray supera seu mestre e cada vez mais se entrega à superficialidade e ao egoísmo. O belo rapaz, ao contrário da natureza humana, misteriosamente preserva seus sinais físicos de juventude enquanto os demais envelhecem e sofrem com as marcas da idade. 

Opinião:
  Caramba... eu nunca pensei que gostaria tanto de um clássico.
  Dorian começa a história como um jovem inocente e bobinho, mas é de tal forma exaltado por Basil e Lorde Henry (principalmente Lord Henry) que acaba acreditando que a ele tudo é possivel pois possui beleza e juventude.
  Lorde Henry, que é muitas vezes chamado de Harry, é com certeza um dos personagens mais odiosos que já vi, e Basil é um cara legal, que, sabe Deus porquê, tem um amigo como Harry, Dorian posava para Basil para que este pudesse pintar as mais diferentes figuras históricas, mas, em determinado momento, Basil decide que quer retratar Dorian como ele mesmo, e depois de pronto, Dorian fica encantado por sua própria beleza, e faz uma "prece" pedindo para que o retrato envelheça e ele continue jovem, e é isso que acaba acontecendo... Mas não apenas isso, o retrato passa a mostrar a alma de Dorian, e como ele se torna um cafajeste pior que Lorde Henry, pode-se imaginar quão medonha se torna a pintura.
  O livro é absurdamente maçante nas primeiras 100 páginas, ele basicamente só mostra as ladainhas intermináveis de Harry, mas quando a primeira mudança é vista no retrato a história se torna incrível, em alguns momentos me senti lendo uma obra de Stephen King, e isso é um senhor elogio.
  acho que essa versão é a versão censurada pois, ouvi dizer que ele fala muita coisa que era praticamente inaceitável na época (homossexualismo e afins) e, ou eu sou muito cego, bobo, ou inocente... não vi nada disso aqui... mas quando terminei o livro corri para a locadora pra alugar o filme e, no filme sim, tem coisas "pesadas"... apesar de o filme ser mais detalhista e esclarecer algumas coisas, já que Oscar Wilde não é lá muito descritivo no sentido físico da palavra (porque no psicológico ele é, e muito) eu ainda prefiro o livro por ter uma carga mais tensa... é mais "assustador" que o filme...

  Um ótimo jeito de começar a ler clássicos, e só tirei uma estrela pelas 100 primeiras páginas serem tão chatas.


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